Nesta última terça-feira (19), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, foi ao Congresso para entregar seu pacote anticrime. Na ocasião, o ex-magistrado declarou que "no Mundo real, não existe nenhuma crise dentro do Governo".

Recentemente, houve o episódio envolvendo Gustavo Bebianno, que foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro. O caso repercutiu e também envolveu o filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Sergio Moro justificou que não há nenhum tipo de crise no governo e, portanto, ele estaria ali para dar continuidade com o trabalho.

Moro citou que apresenta um importante pacote anticrime para ser aprovado pelos deputados. Além disso, o ex-juiz da Lava Jato evidenciou que nesta quarta-feira (20), o projeto da reforma da Previdência será apresentado de forma "absolutamente consistente".

Ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Moro disse que o governo busca melhorias que visam a segurança pública, o combate à corrupção, ao crime organizado e crimes considerados violentos. A entrega dos projetos ocorreu na presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e dos ministros Paulo Guedes, Santos Cruz, Luiz Henrique Mandetta e Damares Alves.

Pacote anticrime

Sergio Moro avaliou que as medidas impostas no pacote anticrime são consideradas, segundo o ministro, "simples e de fácil compreensão".

Moro evidencia a utilização de escutas ambientais e destravamento da legislação processual como opções para aprimorar as técnicas investigativas.

Segundo Moro, como noticia o portal EBC, o governo "esta mostrando para que veio". Em relação a sua pasta, Moro relembrou da crise de Segurança Pública no Ceará, que foi controlada sem que a Força Nacional agisse de forma a matar criminosos ou vítimas.

Contudo, Moro deixou claro que o governo age para isolar lideres de organizações criminosas. O ministro também lembrou da tragédia em Brumadinho e disse que o governo auxiliou com êxito o resgate às vítimas.

Moro disse que o governo mostra-se "exitoso" em propostas e projetos que estão sendo apresentados. O ministro falou também sobre o caixa dois. Ele considera o crime grave, porém não pior que o crime organizado, corrupção e homicídios que rondam o Brasil. As medidas de Moro definem alterações em 14 leis.