A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse à Folha de S.Paulo que estaria engajada em algumas "lutas" referente às mulheres. Durante entrevista, Damares, que já no início do seu ministério passou a dar pronunciamentos considerados polêmicos, acredita que tenha sido "incompreendida". Ela também disse que se considera uma "ativista adormecida".
Damares Alves declarou que se disponibilizaria para participar de pautas feministas. Com isso, citou algumas que ela compactua, como o salário igual entre homens e mulheres e a luta contra a violência.
No entanto, Damares deu um recado: disse que não iria participar desses movimentos caso tenha que colocar seus "seios à mostra". A ministra considerou a medida como um exagero por parte das feministas, mas citou que iria de braços dados com as mulheres em busca dos direitos.
Enfrentamentos
A ministra foi questionada sobre a fala que deu sobre meninos usarem azul e meninas rosa. Na ocasião, ela foi criticada e causou polêmica com seus dizeres. Entretanto, se justificou dizendo que enfrenta a ideologia de gênero, fazendo vídeos e ministrando palestras que vão contra esse tipo de pensamento.
Além do mais, a ministra enfatizou que para ela, meninas são princesas e meninos são príncipes e se perguntou onde estaria o erro nessa afirmação.
Sobre ser uma "ativista adormecida", Damares conta que esse lado dela está limitado devido ao cargo que agora ocupa. Porém deu exemplo sobre os meninos do Flamengo. Damares disse que em uma situação assim, ela iria gritar no caso da morte dos garotos vítimas de um incêndio.
O jornal questionou quais tipos de ativismo a ministra iria propor em sua gestão.
Em resposta, Damares cita que irá proteger as crianças. Um exemplo seria nas festas carnavalescas em que crianças não estarão, segundo ela, "rebolando de forma erotizada".
Antifeminismo
Damares Alves falou sobre trazer a antifeminista Sara Winter para o Governo. A ministra enfatizou que Sara será responsável por um cargo de salário menor para atender mulheres em situação de risco.
Contudo, citou que Sara é uma mulher extraordinária e que já passou por várias situações em sua vida de luta.
A ministra deixou claro que não iria usar o feminismo como forma de pregar ódio contra os homens e também não ter a necessidade de ficar nua durante um protesto. Ela deixou claro que o objetivo é não ter doutrinação no caso.