O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, deverá desembarcar em Washington, nos Estados Unidos, no próximo dia 19 de março. O mandatário brasileiro é alinhado ideologicamente com o presidente americano, o republicano Donald Trump. A recepção do presidente ocorrerá na residência do embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o mandatário brasileiro será recebido para uma espécie de "Santa Ceia da direita", já que deverão estar presentes no jantar jornalistas, filósofos e também financistas considerados conservadores.

O encontro poderá influenciar algumas das principais discussões que serão alvos das conversas com o presidente Jair Bolsonaro, durante a estadia em solo norte-americano.

Tratativas entre Jair Bolsonaro e Donald Trump

A lista de autoridades convidadas e de caráter exclusivo foi elaborada pelo chanceler brasileiro Ernesto Araújo e também pelo diplomata Nestor Forster. Vale salientar que o diplomata supracitado é cotado para substituir Sérgio Amaral à frente da embaixada do Brasil nos EUA. Dentre os convidados que recepcionarão o presidente brasileiro, está o empresário e investidor norte-americano Gerald Brant. Ele é considerado um dos principais apoiadores de Bolsonaro nos Estados unidos.

Outra personalidade que estará presente no encontro é a colunista e integrante do conselho editorial de um dos principais jornais financeiros dos Estados Unidos, o The Wall Street Journal, Mary Anastasia O'Grady.

A colunista é reconhecida como uma voz influente em círculos de caráter mais conservador e de posicionamento mais intervencionista na região.

Mary é grande apoiadora de mudança de regime na Venezuela, que é comandada pelo presidente Nicolás Maduro. Ela também apoia um endurecimento da relação entre Estados Unidos e Cuba. Essa mudança de postura reflete a reversão da aproximação entre os dois países, que havia sido arquitetada pelo ex-presidente norte-americano Barack Obama.

Entretanto, por ora, o posicionamento do governo brasileiro é que não haja uma possível intervenção militar na Venezuela. Porém, esse assunto será tema de conversas entre Donald Trump e Jair Bolsonaro. A ala militar do Palácio do Planalto é contra interferência que venham a extrapolar a ajuda humanitária, mesmo que o mandatário norte-americano venha a solicitar uma ação mais assertiva por parte do Brasil.