O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou nesta terça-feira (12) as prisões de dois suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Em nota divulgada no perfil da pasta no Twitter, o ministro disse esperar que as prisões "sejam mais um passo para a elucidação completa deste grave crime e para que todos os responsáveis sejam levados à Justiça".

O ministro também ressaltou os trabalhos da Polícia Federal. De acordo com ele, a PF tem contribuído e vai continuar firme nas investigações, evitando que tentem obstruir os andamentos.

Em fevereiro, os agentes da PF constataram que existiam ações que tinham o objetivo de prejudicar o curso das investigações.

Tudo começou em novembro do ano passado, quando foi apurado denúncias do envolvimento de agentes do Estado para prejudicar a elucidação do crime. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, autorizou a entrada da PF no caso para evitar possíveis subornos ou provas ocultadas.

Operação Lume

Na manhã desta terça-feira (12), foram presos o policial militar reformado Ronie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz. Eles foram alvos da Operação Lume, que é uma ação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que teve como apoio o Ministério Público do Rio e a Polícia Civil.

Computadores, armas e outros itens foram apreendidos nos locais onde se encontravam os policiais acusados de matarem a vereadora.

Marielle foi morta com três tiros na cabeça e um no pescoço. Já Anderson foi encontrado com três tiros nas costas. Os policiais presos também estão sendo acusados de tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora de Marielle Franco.

Dados da perícia

Conforme divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a trajetória dos disparos contra o carro onde estavam Marielle, Anderson e Fernanda, aponta a presença de apenas um atirador. O alvo principal não seria o motorista, mas apenas a vereadora.

Além disso, os disparos que vieram de um outro carro teriam como mira quem estava no banco traseiro.

No caso, o atirador já tinha em mente quem seria a pessoa que ele queria acertar.

Com a prisão dos suspeitos, a investigação se volta a buscar os mandantes do crime e quais os motivos que levaram ao assassinato da vereadora e do motorista.