O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) publicou nas redes sociais que o neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faleceu de meningite meningogócica, conforme o Hospital Bartira, em Santo André (SP), havia informado. Arthur Lula da Silva tinha sete anos e era muito apegado ao ex-presidente, que cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O petista foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Conforme publicação da revista Fórum e postagem feita pelo próprio deputado petista, Padilha se mostrou incomodado e quis saber a razão das informações sobre o óbito do neto do ex-presidente terem sido vazadas.
De acordo com a matéria, o menino faleceu às 12h11 e o jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, informou a todos às 12h20, ou seja, um tempo bem curto.
De acordo com o parlamentar, nem mesmo alguns familiares sabiam da morte do garoto, incluindo o próprio pai da criança, Sandro Luís Lula da Silva. Ele soube da morte através do blog.
Questionamentos sobre o diagnóstico
Alexandre Padilha, que também é médico, questiona o diagnóstico fornecido pelo hospital. Conforme as informações, uma médica que é amiga da família teria dito que o menino não teve sintomas da meningite meningogócica e achou estranho o diagnóstico fornecido pelo hospital.
Tentando entender o motivo da morte da criança, Padilha pediu que fosse feito um diagnóstico completo no Instituto Adolfo Lutz.
Com a conclusão do instituto, o deputado garantiu que o menino não morreu de meningite.
Segundo o parlamentar do PT, existem dois crimes graves envolvendo a morte do neto de Lula. O primeiro caso seria o vazamento das informações do óbito, que chegaram rapidamente à imprensa. O segundo caso, é que houve um pânico por ser uma doença contagiosa.
Para o parlamentar, essa correria que surgiu das pessoas em busca da vacina que custa muito caro poderia ter sido evitado.
Sabemos que houve um crime ético, por divulgarem uma informação sem autorização da família e uma irresponsabilidade com a saúde pública, propagando o medo de contágio, fazendo com que famílias corressem para vacinar seus filhos.
— Alexandre Padilha (@padilhando) 30 de março de 2019
Lula comovido
O ex-presidente Lula conseguiu uma liberação da Justiça do Paraná para poder ir ao enterro do seu neto.
Ele estava bastante comovido, segundo informou familiares e amigos.
O ex-presidente chorou muito, recebeu cumprimentos e disse que ainda iria provar a sua inocência, como promessa ao neto. Em declarações do petista, durante velório, ele teria dito que quando morrer irá levar ao céu o diploma de sua inocência para o neto ver, já que, segundo Lula, o garoto pode ter sofrido muito bullying na escola em decorrência da prisão do avô.