Nesta última terça-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro conversou com empresários que foram visitá-lo em Brasília. Na conversa, o presidente declarou que não irá mudar seu comportamento quanto à articulação política no Congresso Nacional, em referência aos impasses gerados pelas tentativas de aprovação da reforma da Previdência.
Bolsonaro deixou claro que não seguirá com o que ele chamou de moldes tradicionais de articulação. O presidente afirmou que não negociará cargos com senadores ou deputados como presidentes passados faziam. Além do mais, ainda disparou: "não vou jogar dominó com o Lula e o Temer no xadrez".
As informações são da coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Conforme a coluna, Bolsonaro acredita que a situação atual dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer tenham relação com a forma de negociação "pouco republicana" no Congresso e Senado durante seus mandatos. Lula está preso desde o dia 7 de abril de 2018 na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O petista é acusado de organização criminosa, Corrupção e lavagem de dinheiro.
Michel Temer foi preso na última quinta-feira (21). Entretanto, conseguiu soltura através da decisão de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), na última segunda (25). Temer chegou a ser apontado como "líder de uma organização criminosa" pelo juiz federal Marcelo Bretas.
Bolsonaro no Chile
Na semana passada, durante visita ao Chile, jornalistas questionaram a crise do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Contudo, o presidente enfatizou que não seguirá o mesmo destino dos dois ex-presidentes que se encrencaram com a Justiça. Bolsonaro ainda perguntou: "o que é articulação? O que está faltando eu fazer?".
Em conversa com empresários do grupo Brasil 200, o presidente defendeu que a reforma da Previdência não é destinada ao seu próprio bem, mas sim para todo o povo brasileiro. Na ocasião, empresários assinaram uma carta de apoio à reforma proposta pelo governo.
Articulação da reforma
Ainda conforme informações da coluna Mônica Bergamo, a Secretaria de Governo, comandada pelo general Carlos Alberto Santos Cruz, irá montar uma equipe de força-tarefa para a aprovação da reforma.
A força-tarefa unirá esforços com a equipe já existente do ministro da Economia, Paulo Guedes, e também se unirá com outras pastas.
Um dos objetivos é aumentar a visibilidade da proposta, fazendo propagandas em rádios, mídias sociais, jornais e televisão.