Nesta segunda-feira (1°), a Prefeitura de Santo André emitiu uma nota informando que Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula, não morreu de meningite, como havia sido divulgado anteriormente pelo Hospital Bartira. A prefeitura disse que os exames de análise do líquor do garoto descartaram a doença. No entanto, os procedimentos para prevenção foram efetuados conforme as orientações do Ministério da Saúde.

Segundo a Folha de S.Paulo, o Instituto Lula divulgou que Arthur foi a óbito devido a uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, que gerou uma infecção generalizada no menino.

Ele havia dado entrada no hospital às 7h20, com sintomas semelhantes aos de meningite, e faleceu às 12h36.

A bactéria é comum e habita na pele de até 20% da população no mundo todo. Somente em casos raros ocorre uma situação semelhante a que aconteceu com o neto do ex-presidente. Nessas situações, a bactéria entra na corrente sanguínea por meio de algum machucado ou espinha na pele e leva à morte muito rapidamente.

A situação acontece com pessoas que tenham alguma predisposição genética. O melhor meio de evitar o quadro é manter as mãos limpas, e evitar coçar ferimentos na pele. O tratamento é feito com um antibiótico da classe das penicilinas, mas a chance de sucesso é pequena.

Lula conseguiu acompanhar o velório do neto

No dia 1° de março, o ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, conseguiu autorização da Justiça Federal para acompanhar o velório e a cerimônia de cremação do seu neto.

O MPF havia dado um parecer favorável à saída de Lula. Em nota, a Justiça disse que a decisão não seria divulgada por completo, para que fosse garantida a integridade do preso e, também, a segurança pública.

Na petição, os advogados do ex-presidente fizeram o compromisso de não divulgar nenhum dado relativo ao percurso que seria realizado. O velório ocorreu em São Bernardo do Campo.

O neto de Lula havia visitado o avô na carceragem da Polícia Federal por duas vezes. Em janeiro deste ano, o ex-presidente havia sido autorizado pelo STF a acompanhar o velório de seu irmão Vavá.

O pedido havia sido negado na primeira instância, e aceito na segunda. Lula, porém, não compareceu, pois não houve tempo hábil para o deslocamento.

Lula já foi condenado duas vezes na Operação Lava Jato. Em uma sentença, o ex-presidente recebeu a pena de 12 anos e 1 mês de detenção, e na outra, 12 anos e 11 meses. Ambas por corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa do ex-presidente nega as acusações.