Segundo Paulinho da Força, que é líder da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade, partidos do chamado Centrão discutem o apoio a uma reforma da Previdência "que não garanta reeleição de Bolsonaro".

De acordo com Paulinho, a ideia discutida pelo Centrão tem como principal foco elaborar uma proposta de reforma da Previdência que não dê garantia de reeleição a Bolsonaro nas próximas eleições. Esta afirmação foi realizada por Paulinho durante um evento elaborado pelas centrais sindicais, ocorrido nesta quarta-feira (1°), feriado do Dia do Trabalho, em são Paulo.

Durante o evento, o líder da Força Sindical afirmou que R$ 800 bilhões é o valor que Bolsonaro espera ganhar com as novas propostas de mudanças da Previdência. Este valor garantiria cerca de R$ 240 bilhões ao ano para o Governo poder gastar, nos últimos três anos de Presidência de Bolsonaro. Paulinho afirma que o melhor seria uma economia de R$ 500 bi a R$ 600 bilhões com a reforma.

De acordo com Paulinho, com uma “reforma desidratada”, há maiores chances de conseguir apoio de todos que formam o Centrão, pois segundo ele, "ninguém quer a reeleição de Bolsonaro".

O líder da Força Sindical afirmou ainda que a oposição ao governo e a esquerda não possuem força suficiente para parar a reforma da Previdência, e por conta disso, ganhar tempo é o objetivo.

Durante o discurso de Paulinho foi mencionado que há uma proposta referente aos professores. Esta proposta sugere que educadores possam ter a idade da aposentadoria reduzida. Na reforma atual, a idade de aposentadoria para mulheres é 60 anos e 65 para os homens. Na proposta que será protocolada por Paulinho, há a sugestão de que as professoras se aposentem aos 56 anos, e os professores aos 58 anos.

Protestos marcam o feriado do Dia do Trabalho

A questão da reforma da Previdência tem gerado muitos questionamentos e insatisfações em grande parte da sociedade brasileira. Tanto na camada popular quanto na camada política existem inúmeras reivindicações e protestos contra as mudanças propostas na reforma da Previdência, proposta pelo governo federal.

Por conta disso, em todo o país muitos protestos têm sido notados, e neste feriado dedicado ao Dia do Trabalho, muitas pessoas foram às ruas protestar contra as propostas de governo em relação a reforma da Previdência.

As manifestações ocorreram de forma pacífica em vários estados do Brasil. Os estados em que manifestantes foram às ruas são: São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe.