O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participou e discursou na cerimônia de formatura dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco nesta sexta-feira (3). O ministro usou uma citação bíblica para exemplificar a importância do presidente Jair Messias Bolsonaro (PSL) para a reconstrução do Brasil. Para o ministro, Bolsonaro é a pedra angular, a base para reconstruir o país.
Segundo a cultura judaico-cristã, a pedra angular era simbolicamente associada à imagem de Jesus, pois a pedra era usada nas antigas construções caracterizada por ser a primeira a ser assentada na esquina do edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes.
A partir da pedra angular eram definidas as colocações das outras pedras, alinhando toda a construção.
São diversas passagens bíblicas que mostram Jesus associado à pedra angular. No versículo 11, do capítulo 4, do livro Atos dos Apóstolos no Novo Testamento, a pedra angular é compara a Jesus. Esse Jesus é “a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular”, diz o versículo 11 do capítulo 4. Segundo o ministro, Bolsonaro foi desprezado por muitos, inclusive, pela mídia, famosos, intelectuais e especialistas e agora tornou-se uma pessoa fundamental para o desenvolvimento do Brasil.
Assim que terminou a cerimônia, pessoas que estavam presentes e ouviram a fala do ministro o questionaram se ele estava comparando Bolsonaro a Jesus.
Araújo disse que não. Mas, logo em seguida, disse que a comparação não cabe só ao presidente, mas a qualquer pessoa que se encontra em tal situação.
Bolsonaro concorda com fala do ministro
O presidente também foi questionado pelas pessoas presentes sobre as declarações feitas pelo ministro Araújo. Ao ser perguntado sobre a sensação de ser comparado com Jesus, Bolsonaro respondeu que não se sentiu desconfortável, pois todos sabem que ele já fez parte do baixíssimo clero, mas não fazia parte da elite política do país na época.
Então, resolveu se candidatar e foi eleito por diversas vezes como deputado e, agora, presidente da República do Brasil.
Bolsonaro fala sobre as Forças Armadas
Bolsonaro expôs sua opinião sobre o equilíbrio entre as Forças Armadas e a diplomacia em um país democrático. Segundo o capitão da reserva, as duas instituições são diferentes, mas uma completa a outra, pois estamos em um país democrático.
Em sua fala, Bolsonaro afirmou que, se a democracia falhar, as Forças Armadas entram em ação, mas torce muito para que isso não aconteça, pois não seria algo bom para o Brasil. Para Bolsonaro, esse seria o último recurso a ser usado caso não haja mais soluções democráticas.