Em entrevista transmitida na última quinta-feira (13) pela emissora TVT, o ex-presidente Lula criticou o Governo de Jair Bolsonaro e falou sobre o vazamento de conversas entre o ministro Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, divulgadas no último domingo (9), pelo site The Intercept Brasil. O petista também questionou a veracidade do ataque ao então candidato ao governo do país, Jair Bolsonaro, que foi ferido em Juiz de Fora (MG), pouco antes do primeiro turno das eleições à presidência do ano passado. O atual presidente esteve internado e foi submetido a duas cirurgias após a facada.
Lula ainda afirmou que pretende voltar à presidência do Brasil.
Sobre as mensagens vazadas
Lula falou sobre as conversas vazadas entre o ex-juiz federal Sergio Moro e Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. O ex-presidente afirmou que o vazamento traria a verdade à tona, mas que não daria detalhes sobre as consequências das revelações. Lula ainda afirmou que finalmente o país conheceria a verdade e criticou o atual ministro da Justiça. "Moro é mentiroso", disparou. Segundo o ex-presidente, Moro estaria "condenado a condená-lo", pois a mentira havia ido longe demais, e que Deltan deveria ter sido preso ao afirmar que não teria provas contra ele, mas teria convicção.
Lula disse ainda que as investigações contra políticos e empresários corruptos devem continuar e que estes deveriam ser presos através de leis e mecanismos que, segundo o petista, teriam sido criados pelo Partido dos Trabalhadores.
Sobre o caso tríplex, que levou Lula à prisão em abril do ano passado, o petista afirmou que não se sujaria por um apartamento que teria plenas condições de comprar. O ex-presidente falou sobre seu desejo de liberdade para estar junto à família e ver novamente o Corinthians jogar. Lula ainda comentou sobre sua vida amorosa.
"Eu já falei pra todo mundo que, quando eu sair daqui, eu vou casar", revelou.
Dúvidas sobre o ataque a Bolsonaro
Lula ainda lançou dúvidas sobre o ataque sofrido pelo atual presidente em Juiz de Fora (MG), na época em que ainda era candidato à presidência. O petista afirmou que a facada teria sido muito estranha, já que não teriam aparecido vestígios de sangue, e o autor teria saído do local protegido pelos seguranças de Jair Bolsonaro.
Lula afirmou que os eleitores que teriam se sentido prejudicados pelo PT poderiam ter escolhido outras opções de voto, como Boulos e Ciro, que também disputaram a presidência da República. Lula ainda ressaltou o desejo de ser novamente presidente do Brasil para rever e fazer coisas de que não tinha consciência que era preciso fazer à época de seus mandatos.