Ministros e especialistas estiveram presentes em um seminário no Distrito Federal, Brasília. De acordo com informações da Agência Brasil, na quarta-feira (4), os mesmos adjetivaram a Corrupção como um problema e chamaram a atenção para que ela seja vista além da esfera criminal.
Os responsáveis pela promoção do evento foram o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos. No evento, o ministro André Mendonça denotou as baixas posições do Brasil nos rankings de corrupção.
A ponderação do advogado-geral da União também diz respeito à Transparência Internacional na edição da última relação divulgada, referente ao ano de 2018.
A ministra Damares Alves, responsável pela pasta do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, destacou que "a corrupção é a maior violação dos direitos humanos".
Ranking e os impactos no país
Segundo levantamento, dentre as 214 nações analisadas, o Brasil se encontra na 105ª posição. O país fica atrás de regiões ricas como a América do Norte e a Europa, por exemplo. Além disso, constatou-se que na América do Sul, o país também fica atrás de Chile e Uruguai.
No evento, André Mendonça salientou os resultados negativos da corrupção criticando o fato de a corrupção ser chamada de "delito sem vítima, mas [as vítimas] somos todos nós".
Para esclarecer como a corrupção vitima a todos, o ministro trouxe à tona dois exemplos: da área da saúde e da Educação.
Quando a pessoa vai ao médico e "não tem medicamento" e quando "vai à escola e não tem educação de qualidade". Na citação da escola, Mendonça também reiterou o saneamento básico.
A ministra Damares Alves chamou a atenção para os temas da saúde e educação e a aproximação entre eles. A autoridade colocou-os como ponto de referência para a compreensão dos impactos naquilo que são alguns direitos das pessoas: saúde, educação e segurança.
Não obstante, a ministra também tratou os temas como instrumentos de referência no impacto à conscientização das pessoas sobre o combate a práticas irregulares.
Violação dos direitos humanos
Damares foi enfática ao considerar a corrupção como a maior violação dos direitos humanos. A ministra chamou a atenção para o tema e convocou um enfrentamento à corrupção nas escolas, naquilo que chamou de "contrarrevolução cultural".
Casos de propina de construtoras foram dados como exemplo. A ministra contrapôs esse exemplo ao déficit de estruturas no Brasil.
Macro e microcorrupções
Corroborando com a fala da ministra Damares Alves, o secretário nacional de Proteção Global do Ministério, Sérgio Augusto Queiroz, grifou ser relevantes que iniciativas educacionais desconstruam as grandes e as pequenas corrupções do dia a dia. Em suas palavras: macro e microcorrupções.
Luciana Asper, do Ministério Público do Distrito Federal ressaltou o respeito à legislação e o combate à corrupção.
A promotora relacionou essas posturas como obrigações tanto dos cidadãos quanto, mais ainda, da Administração Pública.