O ministro Luiz Roberto Barroso disse nessa sexta-feira (2) em uma palestra sobre cidadania em São José dos Campos, no interior de SP, que o importante é o Brasil retomar a sua agenda e que essa agenda foi “roubada” pelos hackers, os quais chamou de “criminosos”. Isso porque, segundo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), criou-se uma grande celeuma diante de mensagens vazadas por atos criminosos. Barroso criticou dizendo que estava impressionado com o número de pessoas que ficam empolgadas com esses hackers e comemorando uma ação criminosa.
Analisando as supostas mensagens, Barroso disse que há muito mais “fofoca” do que alguma coisa mais relevante: "há mais fofoca do que fatos relevantes, apesar do esforço de se maximizarem esses fatos". Isso foi declarado em um evento na ACI (Associação Comercial e Industrial) e o tema da palestra foi a cidadania.
Em junho, o site The Intercept Brasil começou uma série de reportagens fmostrando supostos trechos de diálogos entre Sergio Moro, quando era juiz que cuidava da Lava Jato, e procuradores da operação. O site não drevelou sua fonte.
Apesar de toda essa celeuma feita, segundo o ministro nada pode esconder os casos de Corrupção feitas na Petrobras, que devastou a empresa estatal. Continuou dizendo que é difícil procurar um entendimento acerca de qual seria o motivo dessa “euforia” toda que tomou alguns segmentos da sociedade diante do que ele chamou de “fofocada”, feita por “criminosos”: "é difícil entender a euforia que tomou muitos setores da sociedade diante dessa fofocada produzida por criminosos".
O ministro lembrou que há um acordo de US$ 3 bilhões que a empresa petroleira brasileira fez em Nova Iorque com os investidores estrangeiros e concluiu dizendo que nada poderia esconder a tamanha corrupção sistemática estrutural que houve no país.
Jornalista Reinaldo Azevedo critica Barroso
O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu um artigo nesse sábado (3) criticando a postura de Barroso, segundo ele, defendendo o procurador Deltan Dallahnol.
O jornalista ainda disse que Deltan seria o jovem que convive em coquetéis caseiros de Barroso com roupas casuais.
Sobre a fala do ministro em que diz não entender a euforia de certos setores da sociedade diante dessa “fofocada” feita por “criminosos”, o jornalista perguntou quais seriam os "criminosos": aqueles que fraudam a lei e vão para a prisão ou aqueles que “fraudam” a lei e mandam para a prisão.
O jornalista disse que o vazamento não tem nenhum indício de fofoca e o clima de fofoca só se dá quando membros da Lava Jato fazem acerto “ilegal” com o juiz.
Azevedo ironizou que a única fofoca que sabe é aquela produzida em coquetéis domésticos que não podem sair na imprensa.