Aconteceram neste domingo (15), em várias cidades do Brasil, manifestações pró-governo e contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal). Contrariando as ordens médicas, o presidente Jair Bolsonaro participou do ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e foi duramente criticado por políticos e jornalistas.
Em recente viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos, um dos membros de sua comitiva contraiu o vírus, o que levantou a possibilidade de o presidente também estar infectado.
Embora o teste de Bolsonaro tenha dado negativo para o coronavírus, a recomendação médica é de que ele permanecesse em quarentena enquanto aguarda o resultado de um novo exame.
Segundo o portal Terra, os magistrados do STF não viram com bons olhos sua participação nos protestos. Durante o ato em Brasília, Bolsonaro contrariou as recomendações do Ministério da Saúde e ultrapassou o isolamento do local para cumprimentar seus apoiadores.
Um dos ministros do STF classificou os protestos como "desrespeito à democracia". O jornalista Reinaldo Azevedo, do UOL, teceu duras críticas a Bolsonaro em sua coluna, e disse que mesmo com o Brasil adotando medidas para controlar as aglomerações, a atitude do presidente incentivou manifestações de rua pelo país a fora.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, viu com perplexidade a participação de Jair Bolsonaro nos protestos e afirmou ser uma atitude "inconsequente" incentivar aglomerações na rua em meio ao surto do coronavírus.
Bolsonaro testa negativo para coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em suas redes sociais na última sexta-feira (13) que seu teste para detectar a infecção pelo coronavírus deu negativo.
A suspeita de que o presidente pudesse ter contraído o vírus começou logo após ser constatado que Fábio Wajngarten, chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, contraiu o vírus em recente viagem com Bolsonaro e sua comitiva aos Estados Unidos.
Efeitos do coronavírus na economia
O eminente surto causado pelo coronavírus está trazendo consequências para a economia de todo o mundo. Nos Estados Unidos, de acordo com o presidente Donald Trump, os impostos aplicados sobre os salários foram reduzidos como medida para fomentar a economia que enfrenta a queda causada pela COVID-19.
Já no Brasil, o governo também adotou medidas para incentivar a economia, como por exemplo, a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, que irão receber a primeira parcela já no mês de abril. Com esta medida serão injetados R$ 24 bilhões na economia brasileira.