Nesta quinta-feira (26), o Governo da Espanha prorrogou o isolamento por mais duas semanas, mais precisamente até o dia 12 de abril. A medida foi aplicada numa tentativa de conter a expansão do coronavírus (Covid-19), infecção pulmonar que surgiu na cidade de Wuhan, na China.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, o país é o segundo mais afetado pela pandemia na Europa. Em primeiro lugar está a Itália que já registrou cerca de 7 mil mortes. A Espanha já conta com 56 mil infectados e 4.089 mortes na região por conta das complicações de saúde provocada pelo coronavírus.

No início desta quinta-feira (26), o parlamento espanhol votou pela prorrogação nas medidas de emergência.

Os cidadãos espanhóis permanecerão isolados em casa e as saídas só serão permitidas para compra de alimentos, remédios ou para ir ao trabalho em casos excepcionais.

Desde 14 de março, os números de casos no país sofreu um aumento significativo (10 vezes maior). Na Espanha o número de mortos já supera o da China (epicentro da Covid-19). Para o primeiro-ministro Pedro Sanchez, não está sendo fácil estender o estado de emergência, mas acredita “que a única” solução “eficiente contra o vírus é o isolamento social”.

Senado estende a quarentena para controlar coronavírus

A Espanha conta com 321 deputados, dentre eles apenas 28 se abstiveram a decisão. A medida, também, foi apoiada pela oposição. Pablo Casado, líder dos adversários ao governo afirmou que Sanchez deu uma resposta atrasada.

E, fez uma crítica referente a permissão da marcha do Dia das Mulheres em meio à crise provocada pelo coronavírus. A marcha levou milhares de pessoas as ruas sem ao menos fornecer uma devida assistência médica.

Coronavírus provoca a morte em asilos

Com a grande pandemia e a falta de medidas preventivas os asilos foram atingidos pelo Covid-19.

No total, 397 residentes dos asilos vieram a óbito devido às complicações de saúde, especialmente, respiratórias, segundo informações da rádio Cadena Sur.

Em Madri, cidade que concentração os maiores casos, se viu obrigada a transformar um local para patinação no gelo em uma funerária. Os dados ainda informam que os equipamentos de proteção e prevenção estão escassos no país.

Segundo Arancha Gonzalez, ministra de Relações Exteriores, há especulação nos preços destes itens e ressaltou que é preciso dar preferência a compra de produtos de longo prazo nos fornecedores fixos para não ficar à mercê de ‘bandidos’.

Diante da crise provocada pelo coronavírus, alguns fornecedores não estão conseguindo cumprir os prazos de entrega, afirmou a porta-voz do governo, Maria Monteiro. Segundo Monteiro, a Espanha fez uma encomenda de equipamentos (máscaras, kits de testes e luvas) que custou aos cofres públicos espanhóis 432 milhões de euros, o equivalente a R$ 2,4 bilhões, diretamente da China e solicitou a ajuda da Otan para a compra de ventiladores.