Nesta quinta-feira (27), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que o compartilhamento do vídeo em que o Governo Bolsonaro convoca o povo para realizar protestos contra o Congresso e o Senado Nacional é passível de uma resposta jurídica como o pedido de impeachment. De acordo com Witzel, esse movimento é um ato destrutivo para a democracia e evidencia uma afronta à Constituição Federal de 1988.

O site BR Político, divulgou informações de que o presidente Jair Bolsonaro utilizou seu celular para disparar o chamado via WhatsApp com informe de que o ato acontecerá dia 15 de março.

Tal atitude continua sendo disseminada por grupos que se autointitulam como conservadores e patriotas dando total apoio ao governo Bolsonaro e se posicionando contra o Congresso e o Senado.

Num evento realizado na American University, em Washington, Witzel, afirmou que manifestações como as solicitadas no vídeo serão consideradas de Bolsonaro pelo tempo em que estiver na presidência da República. Visto que tudo o que ele (Bolsonaro) fizer ou falar se configura numa 'ordem' presidencial. E, da forma como está sendo feita é considerado um ato destrutivo a democracia, passivo a impeachment, concluiu Witzel.

Witzel, antes aliado agora oposição de Bolsonaro

Witzel se elegeu como governador do Rio de Janeiro, juntamente, no movimento pro Bolsonaro em 2018.

Mas, a distância se alongou e transformou os dois em adversários políticos. Nos dois anos que se seguiram após as Eleições presidenciais, o presidente Bolsonaro chegou a acusar Witzel de manipular as investigações no caso da vereadora, do Rio, Marielle Franco (PSOL), além de usar a polícia carioca e os órgãos de investigação com a finalidade de atingi-lo.

A Folha de S. Paulo divulgou as informações e opiniões do governador do Rio, onde ele deixa claro sua posição frente as atitudes do mandatário do povo [Bolsonaro]. Segundo Witzel, seu cargo tem a função de criar dias melhores para toda a população através do diálogo respeitoso entre as instituições. Como sendo um chefe de um país é esperado que o presidente mostre-se exemplar quando o assunto é o respeito à democracia, visto que o Brasil é um país democrático, por fim o que se aguarda é um diálogo entre os lideres dos três poderes que regem o país.

Bolsonaro pode perder o poder, afirma Witzel

De acordo com Witzel, a conduta do presidente Bolsonaro tem sido bastante criticada pelos governadores que já solicitaram que Bolsonaro converse com a população e com os governantes para que tudo volte ao controle, pois a população necessita de resultados como a resolução dos problemas entre os Estados e os municípios e citou a busca pelo avanço na economia. Caso, tais fatos não sejam resolvidos Witzel acredita que o presidente poderá ser colocado para fora do poder, seja pelo voto em 2022 ou através de um processo de impeachment que tem como base as atitudes tomadas pelo presidente Bolsonaro no uso das redes sociais e na falta de etiqueta em geral, necessária para o cargo que exerce.