Em meio aos problemas provenientes do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se posicionou na última quinta-feira (9) durante uma live em suas redes sociais a respeito dos problemas que poderão surgir caso a quarentena permaneça no país.
Segundo ele, a medida de isolamento social no Brasil não pode passar de três ou quatro meses. Esse pensamento tem relação direta à economia do país. Bolsonaro entende que esse período de quarentena é importante para manter a população brasileira segura, tendo em vista que o coronavírus faz milhares de vítimas todos os dias, mas ele teme que os cofres públicos sejam afetados com isso.
Bolsonaro também argumentou sobre o auxílio que já está sendo disponibilizado para alguns brasileiros que trabalham de forma autônoma, tendo como exemplo barbeiros, vendedores ambulantes, motoristas de aplicativo e entre outras. "Já ultrapassou os R$ 600 bilhões. É isso que o Governo está fazendo: tinha uma ponte que deu uma enchente e arrastou a ponte, estamos agora reconstruindo virtualmente a ponte, mas temos um limite: mais de três ou quatro meses fica complicado", falou Bolsonaro.
Em função de uma possível falta de dinheiro nos cofres públicos, Bolsonaro informou que a medida de isolamento deveria ser mantida apenas para as pessoas que estão no grupo de risco. Além disso, ele chegou a dizer no início da proliferação do vírus que as consequências para as pessoas que não estão no grupo de risco não iriam passar de uma simples ''gripezinha'' ou ''resfriadinho''.
Algumas semanas atrás, junto de alguns de seus assessores, Bolsonaro estava montando um material de campanha. Esse material tinha o objetivo de convencer comerciantes e até mesmo parte da população em retomar parte das atividades profissionais. O slogan era: ''O Brasil não poder parar''. A Justiça do Rio de Janeiro, entretanto, analisou o caso e decidiu proibir o material para ser divulgado.
Passeio nas ruas
Contrariando as recomendações do Ministério da Saúde, o chefe do executivo tem saído nesses últimos dias para passear nas ruas de Brasília. Na última sexta-feira (10), Bolsonaro aproveitou para visitar um hospital e também para ir em uma farmácia, onde ele acabou atraindo um número grande de pessoas para tirar fotos.
Mesmo com o perigo do contágio, Bolsonaro conversou com muitas pessoas e também apertou a mão. Medidas essas que são impróprias, segundo afirma o Ministério da Saúde. Pelas redes sociais, muitos apoiadores do atual governo estão desacreditando do descumprimento do chefe do executivo durante a quarentena, pois seria um período em que o parlamentar deveria dar o exemplo e ficar isolado no Palácio do Planalto e não passeando nas ruas de Brasília.