Durante uma entrevista cedida ao portal UOL, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre os problemas do Brasil, deu seu ponto de vista sobre a forma de governar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também argumentou sobre a saída do ex-juiz federal Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Sobre Moro ter insinuado em seu discurso de demissão que nas gestões do PT não havia tentativa de interferência na Polícia Federal, Lula comentou: "Isso só demonstra o mau-caratismo do Moro. Utilizou o PT (Partido dos Trabalhadores) para atacar o Bolsonaro, ele foi lambe-botas do Bolsonaro até o dia que saiu.
Poderia dizer que cuidamos não só da PF, do Ministério Público também''.
Durante a entrevista realizada nesta quinta-feira (30), Lula também descartou a possibilidade de sair como candidato à presidência da República em 2022. O ex-presidente também criticou Bolsonaro, informando que ele não está exercendo sua função correta como presidente, tendo em vista que, segundo ele, o isolamento social não está sendo prioridade. Para Lula, Bolsonaro deveria para de se preocupar com a economia do país e ampliar mais o isolamento social, pois, o vírus continua vitimando muitas pessoas no Brasil.
Bolsonaro e entrevista polêmica
Diariamente o presidente tem participado de entrevistas coletivas para argumentar sobre os problemas do país relacionados à pandemia do novo coronavírus.
Em uma dessas entrevistas, um jornalista questionou o aumento de mortes no Brasil, informando, inclusive, que a China possuí números inferiores em relação aos mortos. Diante disso, Bolsonaro disse: ''Meu sobrenome é Messias, mas não faço milagres''. Com isso, a fala dita pelo chefe do executivo repercutiu em muitos veículos de imprensa, onde o presidente foi destacado como irresponsável sobre a questão da doença no Brasil.
Muitos parlamentares também se pronunciaram sobre o fato apresentado. A deputada federal, Joice Hasselmann (PSL-SP) usou seu Twitter para informar que as palavras de Bolsonaro foram irresponsáveis, tendo em vista a gravidade do problema que a doença está trazendo para os brasileiros. Pelas redes sociais, a deputada também se posicionou sobre a revogação da nomeação de Alexandre Ramagem.
“Recado é claro: STF impõe limites à atuação do PR. Bolsonaro não pode tudo! Não pode nomear amigo da família pra abafar investigação contra filhos”, comentou a deputada federal.
Recado é claro: STF impõe limites à atuação do PR. Bolsonaro não pode tudo! Não pode nomear amigo da família pra abafar investigação
contra filhos.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) April 29, 2020