O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou nesta quinta-feira (11), em sua tradicional live semanal pelas redes sociais, sobre as polêmicas recentes envolvendo a divulgação dos números oficiais sobre a pandemia do novo coronavírus divulgados pelo Ministério da Saúde.

Culpa da imprensa

Mais uma vez, o mandatário fez críticas à imprensa pela repercussão causada depois que os boletins diários relatando os casos de contaminação e óbitos causados pela covid-19. Ele reclamou também que, de acordo com ele, seu governo foi comparado a regimes ditatoriais.

Na semana anterior, os números passaram a ser divulgados pelo governo federal depois das 22h (horário de Brasília). Na nova forma de divulgação dos dados, foram deixados de serem informados os números acumulados da doença no Brasil.

Bolsonaro reclamou dizendo que o governo federal foi acusado de querer esconder os números e foi comparado com países como a Venezuela e Coreia do Norte. Bolsonaro afirmou que não quer esconder os números e ainda voltou a defender que sejam divulgadas as quantidades de mortes que aconteceram no próprio dia.

Para Bolsonaro, tem que ser divulgado quantas pessoas morreram em 24 horas. Ele opinou que os números precisam ser o mais próximos da realidade possível, quem sabe o real.

"É preciso saber o que está acontecendo", disse Bolsonaro.

Jair Bolsonaro afirmou que a divulgação nos moldes do que vinha sendo feita desde a gestão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, que tinha como ênfase o total de mortes registradas nas últimas 24 horas, e não nas que ocorreram nesse período, gerava, segundo o presidente, números irreais.

Escorregada

Bolsonaro declarou que tem apreço por Mandetta, mas que seu ex-ministro “deu uma escorregada” quando deu uma entrevista para o programa dominical "Fantástico", da Rede Globo. Para Bolsonaro, houve exagero e a intenção de Mandetta era a de “vender o pavor”.

Cloroquina

Jair Bolsonaro também afirmou que acredita que já tenha sido contaminado pelo novo coronavírus.

Quando comentou sobre a cloroquina, o mandatário citou o presidente norte-americano Donald Trump e também comentou sobre a visita que fez ao líder do Executivo dos Estados Unidos em março deste ano, quando a comitiva brasileira voltou para o país com mais de 20 infectados pela doença.

Bolsonaro comentou o fato de Trump estar fazendo uso de maneira preventiva a cloroquina. O presidente garantiu que não tomou nada. Ele disse ainda que acredita que já tenha sido contaminado, pois veio no mesmo avião dos Estados Unidos para o Brasil com 23 pessoas que foram contaminadas.

Sem provas

Bolsonaro, mais uma vez, fez acusações sem apresentar provas. O presidente afirmou que estão havendo adulterações em atestados de óbitos com o objetivo de aumentar as informações sobre o número de mortes que o novo coronavírus causou no Brasil.