Nesta segunda-feira (2), o famoso grupo de hackers Anonymous Brasil vazou em seu Twitter dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. Além disso, foram envolvidos dados de ministros, políticos e até empresários.
O Anonymous é um famoso grupo de hackers que ataca diversos sites e algumas vezes chegam a divulgar arquivos na internet, de forma ilegal. O grupo de invasores existe no mundo inteiro desde 2003, entretanto, ganhou visibilidade a partir de 2013.
No Brasil, os invasores não se manifestavam há algum tempo. Nesta terça-feira, eles vazaram dados cadastrais, como, por exemplo, CPFs, endereços e também telefones pessoais dos envolvidos. Além disso, foram divulgadas informações sobre os imóveis da família de Bolsonaro.
Logo após o vazamento, o próprio Twitter apagou as postagens e baniu o perfil porque viola as regras da empresa.
Confira a lista dos atingidos, além de Bolsonaro
- Flávio Bolsonaro (Senador)
- Eduardo Bolsonaro (Deputado Federal)
- Carlos Bolsonaro (Vereador)
- Abraham Weintraub (Ministro da Educação)
- Damares Alves (Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos)
- Douglas Garcia (Deputado Estadual)
- Luciano Hang (Empresário e dono da Havan)
Bolsonaro responde aos vazamentos
Após ficar sabendo sobres os vazamentos, Bolsonaro comentou em seu Twitter, relatando que o ato dos invasores foi uma medida de intimidação e que providências legais serão tomadas, uma vez que atos assim não passam impunes.
Logo após, Douglas Garcia (deputado estadual do PSL de São Paulo) falou sobre o vazamento de seus dados, acusando a ação em sua rede social, e falando que registrará um boletim de ocorrência sobre a invasão ocorrida.
Outro que confirmou o vazamento foi Carlos Bolsonaro, que acusou a “turma pró-democracia”, pelo vazamento, entretanto, não apresentou provas.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos também se pronunciou sobre os invasores, dizendo repudiar tal divulgação criminosa, e acusou que o crime se trata de uma violação aos direitos fundamentais.
Também afirmou que a ação foi antidemocrática e totalitária, causada por uma possível “divergência de ideias”.
O ocorrido será tratado pelo Ministério da Justiça, de acordo com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, que é responsável pela segurança do presidente e seus respectivos familiares.
Bolsonaro não é o primeiro presidente que tem dados vazados
O grupo de invasores também já havia invadido as redes sociais da ex-presidente Dilma Rousseff em junho de 2013, por meio de seu Instagram.
Michel Temer, vice da ex-presidenta na época, também teve sua conta invadida. Na ocasião, PT, PSDB e MDB também sofreram ataques do grupo.