A ativista Sara Winter concedeu entrevista à revista Veja na última terça-feira (2) e falou sobre diversos assuntos, como as recentes ameaças que fez ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e também sobre a inspiração do escritor Olavo de Carvalho, bem como outros temas.

Imediatamente ao chegar no acampamento dos 300 do Brasil, em Brasília, foi recepcionada pelos militantes do grupo. Ela havia acabado de ser entrevistada pela imprensa espanhola e acusou a Justiça do Brasil de querer instaurar uma ditadura.

Sara, de 27 anos, é apoiadora declarada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e está sendo investigada pelo STF por suposto envolvimento com fake news.

Os 300 do Brasil

Perguntada sobre qual é a proposta do grupo ela afirmou que acredita que no Brasil não há uma militância organizada de direita, e os 300 do Brasil se propõe a ser à primeira, acredita ela.

Aparelhamento da esquerda

Sara Winter continua sua fala dizendo que as instituições continuam aparelhadas pela esquerda, e que os movimentos políticos caminham para um autoritarismo, principalmente por parte do Supremo, e também por parte de alguns atos dos presidentes da Câmara e do Senado.

Verde e amarelo

Na visão da ativista, sair todos os finais de semana em passeatas pacíficas com a família e usando roupas com as cores verde e amarela não irá fazer com que as instituições obedeçam à vontade do povo.

A teoria de Winter é que o Executivo tem boas propostas, mas todas as vezes que Bolsonaro propõe algo, sua proposta é derrubada somente com a intenção de atrapalhar e derrubar o mandatário.

Máscaras e tochas

Ela também respondeu qual seria a intenção do uso das máscaras e tochas que foram vistas sendo usado pelos 300 do Brasil em ato em frente ao STF.

Segundo a ativista, que se declara católica, ela entende que por estar antagonizando contra um juiz Alexandre de Moraes, do STF, procurou inspiração na Bíblia como proceder.

Então ela relata que se inspirou nos trezentos de Gideão e que existe a menção de tochas acesas. Ela acredita que teve uma inspiração divina.

Ela nega que o uso das máscaras esteja relacionado com uma famigerada organização racista dos Estados Unidos.

A intenção é proporcionar medo, mesmo que ela classifique a ação do grupo como sendo não-violenta.

Guru ideológico

Sara admite que tem contato direto com o polêmico escritor Olavo de Carvalho, que é considerado o guru intelectual do governo Bolsonaro.

A ativista disse que quase todos do 300 do Brasil são alunos de Carvalho, mas que o escritor, que é considerado filósofo por seus alunos e seguidores, não tem participação direta no grupo, sendo apenas uma inspiração para todos.