O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) mencionou em sua live semanal desta quinta-feira (13), que não pode dedicar-se completamente à criação do novo partido Aliança pelo Brasil. Assim, ele estudava a possibilidade de filiação há pelo menos três partidos sem descartar uma possível volta ao PSL, partido ao qual ele se elegeu ao cargo de presidente da República.

Sua declaração acabou gerando uma resposta irônica por parte de seu ex-apoiador, senador Major Olímpio do PSL de São Paulo. Olímpio declarou que seria mais fácil o partido aceitar a filiação do ex-presidente Lula do que de Jair Bolsonaro.

"É uma reconciliação impossível e, se a maioria do PSL tiver vergonha na cara, não o aceita. Mais fácil o PSL aceitar a filiação do Lula", disse.

O Senador ainda disse que esta reconciliação seria impossível, e que se a maioria dos integrantes, membros do PSL tiverem vergonha na cara, jamais aceitariam. As informações foram recebidas através de mensagens pelo colunista Tales Faria do UOL.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro relatou em sua live semanal que pretende conversar com o PSL, que inclusive já vem conversando com uma média de 43 parlamentares apesar de ter saído do partido. Ainda de acordo com o presidente, alguns dos parlamentares não são acessíveis às conversas pelo seu "nível", acusando-os de atacar de forma pessoal.

Presidente do PSL

O colunista Tales Faria também entrou em contato com Luciano Bivar, presidente nacional do partido PSL. Luciano afirmou à coluna que não existe qualquer tipo de negociação para a volta de Jair Bolsonaro ao partido, que o assunto não foi posto em mesa e nem mesmo discutido.

Sobre as conversas que Bolsonaro afirmou ter com parlamentares, o presidente do partido deixou claro que o PSL está atualmente vinculado a um bloco independente e que decide seus votos baseados no que é bom ou não para o Brasil.

Aliança

O novo partido Aliança pelo Brasil vem sendo vislumbrado por Bolsonaro e muito desejado por seus apoiadores, porém o presidente alega que formar um novo partido é uma tarefa muito difícil, porém não impossível. Além da falta de tempo para se dedicar totalmente ao projeto, Bolsonaro afirma que a pandemia do novo coronavírus afetou diretamente o processo, e ainda existe a necessidade de aprovação do TSE, que de acordo com ele conta com ministros que não são muito adeptos de novas criações.

Jair Bolsonaro abandonou o partido no ano de 2019 após a revelação de algumas denúncias relacionadas ao uso de laranjas pelo partido, que acabou gerando um atrito entre o presidente e Luciano Bivar. Em uma declaração, Bolsonaro disse que Bivar estava "queimado pra caramba", pedindo a um de seus apoiadores esquecer o PSL. A tensão acabou gerando uma divisão entre os membros do partido, desencadeando uma crise e dividindo os membros em duas alas, a de Bolsonaro e de Bivar.