O petista e ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva concedeu nesta terça-feira (11) uma entrevista ao site Brasil 247. Durante a conversa, Lula afirmou acreditar que temos (população brasileira) as condições necessárias para evitar uma possível reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.

Lula não mencionou o Partido dos Trabalhadores e nem o nome de nenhum candidato que eventualmente disputaria a presidência com Jair Bolsonaro, mas se referiu à classe política brasileira em um todo, afirmando que temos muitas pessoas mais capacitadas e melhores que o atual presidente.

Entrevista

Ainda durante a entrevista, Lula disse que o Brasil passou por um período onde a esperança venceu o medo, porém com a vitória na eleição de Jair Bolsonaro, a ignorância acabou vencendo a inteligência. O ex-presidente ainda afirmou que não acredita ser possível que a população brasileira não consiga enxergar que existem muitas pessoas melhores para o cargo de chefe do Executivo. "Estou convencido de que temos todas as condições de tirar Bolsonaro", disse.

STF

O Partido dos Trabalhadores deseja muito que Lula seja o candidato contra Jair Bolsonaro nas Eleições presidenciais de 2022, porém esta possibilidade depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de um pedido de suspeição contra o então juiz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

O PT luta incansavelmente pela anulação dos processos que levaram à condenação e prisão do ex-presidente, para que desta forma Lula tenha a oportunidade de decidir se entra como candidato nas próximas eleições ou não.

Direitos políticos

Sobre os direitos políticos, o petista afirmou que mesmo que não vença a batalha de retomá-los, estará ajudando o partido de alguma forma, afirmando que estará na disputa independentemente do papel que exerça.

Lula ainda diz que lutará pelo restabelecimento da democracia no Brasil e que estará jogando da lateral direita até a ponta esquerda.

Sergio Moro

O julgamento de Sergio Moro no Supremo ocorrerá em virtude de um pedido de habeas corpus feito pelo ex-presidente, onde pede que as condenações referentes à Lava Jato, determinadas pelo então juiz Sergio Moro, sejam anuladas.

A defesa de Lula argumenta que Moro pode não ter agido com imparcialidade ao tomar suas decisões durante as investigações e condenações, sendo que assim que Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito presidente, o jurista recebeu o convite para o cargo de ministro da Justiça em seu Governo.

Além do cargo adquirido, o site The Intercept Brasil vazou algumas supostas conversas do ex-juiz, que comprometeram a imagem de Sergio Moro.