No mês de julho completou um ano da morte trágica do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada Flordelis (PSD-RJ). O homem foi morto com diversos tiros na garagem de sua casa, e desde então a Polícia investiga o caso para saber quem matou o homem e quais seriam as motivações.
Nos últimos dias, as investigações foram concluídas e o processo enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com os policiais, a deputada Flordelis foi quem mandou matar o marido e para isso contou com a ajuda de alguns filhos. Cinco filhos e uma neta da deputada foram presos na última semana, por suspeita de envolvimento na morte do pastor.
Envolvimento entre filhos, Flordelis e o marido
Diante do encerramento das investigações da morte do pastor Anderson do Carmo, muitas informações estão surgindo sobre como era a convivência entre a deputada, o marido e os filhos. Vale lembrar que a mulher tinha mais de 50 filhos adotados, a maioria morando na casa da família.
De acordo com uma pessoa que teria morado na casa da pastora, ela e o marido mantinham relações íntimas com os filhos e filhas. A testemunha contou isso ao "RJ2", da Rede Globo, mas não quis se identificar, por medo de sofrer represálias por parte da família da deputada.
A pessoa contou que a deputada mantinha um número de filhos adotados, que era 50, para manter um marketing pessoal.
Privilégios entre filhos de Flordelis
A testemunha disse que rolava muito dinheiro na casa, pois a mulher cantava nas igrejas e recebia ofertas. Ela contou que a família vivia de regalias, com carros do ano e iam em bons restaurantes, mas segundo a pessoa, os privilégios não eram para todos os familiares.
Ainda segundo a testemunha, existia uma diferença na forma em que os filhos eram tratados na casa de Flordelis, uns tinham mais privilégios que os outros.
A pessoa detalhou que existia uma geladeira na casa, com cadeado e grade, e somente a deputada, seu marido e uma pessoa que cuidava das refeições da família tinham acesso.
Os mais privilegiados da família comiam batata frita, bifes, enquanto outras crianças se alimentavam com frango ou outros alimentos mais baratos. Esse fato é confirmado por outras testemunhas que disseram que a melhor parte das comidas que recebiam em doações iam para certo núcleo da família.
Relações sexuais e conversas em códigos
Outra informação que foi repassada é de que a família mantinha segredos entre eles e por isso mesmo conversavam usando um código, "a língua do P". Somente quem tinha prática conseguia saber o que estavam falando, visto que falavam rápido e de forma acelerada. Esse tipo de conversa ocorria principalmente entre a deputada e Simone, sua filha biológica.
A pessoa contou que no tempo em que morou na casa da família, era perceptível que rolavam relações íntimas entre os irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filhos, o que foi contado por alguns membros da família.
A deputada teria mudado com o pastor quando percebeu que ele começava a mandar mais do que ela nos negócios familiares, inclusive tomando conta do Ministério Flordelis. A testemunha contou que o que eles pregavam não era o que eles viviam, pois eles viviam de mentiras, omissões, levavam uma vida sem amor, uma vida voltada para eles mesmo, em busca de riqueza, dinheiro e fama.