O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na segunda-feira (28) fez graça com a tortura que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu na época em que foi presa, no ano de 1970, na época da Ditadura Militar.

Em conversa com apoiadores, Bolsonaro chegou a dizer que queria ver um raio X da petista que comprovasse que ela sofreu uma fratura na mandíbula.

O presidente, em sua tentativa de humor, duvidou que Dilma tivesse sido realmente torturada. Ele pediu para que lhe trouxessem o raio X para que ele pudesse ver o calo ósseo.

Dilma Rousseff integrou movimentos armados de esquerda e lutou contra a ditadura.

A ex-presidenta foi presa no mês de janeiro de 1970, em São Paulo, ela tinha 22 anos e ficou presa por quase três anos.

O presidente da República ainda citou, de forma irônica, os ex-maridos da petista. Sobre Claudio Galeno, que ainda está vivo, Bolsonaro relatou que Galeno sequestrou um avião e perguntou de forma retórica para qual país Claudio foi, o próprio marido de Michelle Bolsonaro respondeu dizendo que Galeno foi para Cuba.

Sobre o falecido Carlos Araújo, em sua tentativa de fazer humor, o presidente da República disse que Araújo teria passado a lua de mel com Dilma no mesmo período em que assaltava caminhões de carga na baixada fluminense no Rio de Janeiro ao lado da esposa, disse aos risos Bolsonaro.

Celson Daniel

Bolsonaro antes de sua tentativa de fazer humor com Dilma Rousseff, falou que o PT sempre apontava as práticas de militares, porém o partido não teve a intenção de investigar a possível tortura sofrida pelo então prefeito da cidade de Santo André, São Paulo, Celso Daniel (PT).

Daniel havia sido um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Celso Daniel morreu em 2002.

Bolsonaro afirmou que o prefeito "foi torturado e executado por um cara deles", (uma menção ao PT).

O mandatário ainda falou sobre crimes e mortes que vieram depois da morte de Celso Daniel e que tinham uma suposta conexão, como por exemplo, a morte de Carlos Printes, o médico legista que emitiu o laudo que apontava sinais de tortura no corpo de Daniel.

Mesmo com toda a polêmica que envolveu o crime, a polícia chegou à conclusão que o sequestro e a morte do prefeito ocorreram por engano.

Porém Bolsonaro afirmou para seus apoiadores que o sequestro do ex-prefeito aconteceu para que ele não revelasse onde se encontrava o dossiê das empresas que pagavam mensalmente para a campanha de Lula em 2002, disse o presidente sem apresentar provas.

No mesmo dia em que Bolsonaro fez suas declarações polêmicas contra Dilma, Lula saiu em defesa da colega de partido e declarou no Twitter que sempre que Bolsonaro fala, o Brasil perde um pouco de humanidade. Luiz Inácio ressaltou que Jair Bolsonaro não tem valor e nunca terá a coragem de Dilma.