Segundo informações da colunista Andréia Sadi, do portal G1, uma espécie de proteção para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), passou a fazer parte da mesa de negociações para sucessão na presidência do Senado.
Segundo as informações da colunista, foram feitas apurações com os parlamentares e membros do Governo para entender o motivo de se negociar tal proteção e o que parece é que a preocupação é saber quem serão os futuros presidentes das casas em questão.
A busca por uma blindagem também se dar pelo fato que Flávio Bolsonaro vem sendo investigado por uma suposta lavagem de dinheiro que acontecia na Alerj e recebeu o codinome de “rachadinha”.
No entanto, existe uma preocupação a mais, já que a revista Época divulgou relatórios que supostamente foram feitos pela Abin para ajudar os advogados do senador a pedir a anulação do processo no caso das “rachadinhas”.
De acordo com as informações da colunista, senadores do MDB disseram que têm dúvidas sobre o candidato apoiado pelo atual pesidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sobre como será a forma que ele vai dirigir à Casa e se vai poder ajudar Flávio Bolsonaro. Isso porque os parlamentares que fizeram o comentário temem o que pode acontecer quanto aos desdobramentos no Conselho de Ética.
Um pedido de cassação do mandato de Flávio Bolsonaro foi feito pelos partidos da oposição, no entanto, segue estacionado no Conselho de Ética.
Para alguns senadores, dar continuidade ao processo seria perda de tempo, pois pensavam que o atual presidente do Senado poderia ser um aliado ao governo e evitaria conflitos para tentar uma reeleição ao Senado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a participação de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e David Alcolumbre de concorrer à reeleição, e com isso vem á preocupação por parte do governo quanto aos casos que estão parados no Conselho de Ética.
O governo vem sondando para saber quais dos candidatos vão manter a mesma linha de comando de Alcolumbre no Senado.
Alguns senadores tentam eleger um candidato do MDB para presidir o Senado, ao lado dos membros do governo, e para isso tentam fritar Pacheco.
Alcolumbre
Parlamentares avaliam que se Pacheco for eleito para comandar o Senado, Alcolumbre pode ter a chance de ocupar uma vaga de ministro na Esplanada dos Ministérios.
Alguns até cogitaram que esse cargo poderia ser na pasta do Desenvolvimento Regional e a Secretaria de Governo, hoje ocupada por Luiz Eduardo Ramos.
No entanto, Alcolumbre disse nos bastidores que não tem interesse no cargo. Parlamentares sustentam que ele queira o cargo para manter o status nacional, coisa que só conseguiu ao presidir o Senado.