A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirma ter sido convidada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para receber a vacina contra o coronavírus. Segundo a petista, ela iria receber a primeira dose do imunizante no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre, onde mora atualmente. No entanto, ela disse que não irá aceitar o convite, pois estaria furando a fila dos grupos prioritários.
Para Dilma esse ato de furar a fila é inaceitável e deve ser respeitado fielmente por todos os brasileiros. Ela agradeceu o convite feito por Doria, mas alegou que por motivos éticos e de Justiça jamais poderia aceitar um convite como este ou semelhante.
Dilma ressaltou também que mesmo que a imunização já foi iniciada, não há um estoque de vacinas disponível para que ela seja privilegiada.
A petista já foi convidada antes para receber a vacina em São Paulo em dezembro de 2020, mas recusou também e afirmou por meio da assessoria que receberia a vacina em Porto Alegre.
A ex-presidente falou que é essencial no momento que os profissionais que atuam na área da saúde e idosos que estão em casas de repousos sejam os primeiros vacinados.
Em nota, o Governo de São Paulo informou que o convite era para um evento em defesa da vacinação, e não para que os convidados fossem vacinados. Segundo a gestão Doria, os ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer confirmaram presença no evento, que ocorre no próximo dia 25, aniversário da cidade de São Paulo.
Anvisa aprovou duas vacinas no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou um aval para o uso emergencial de duas vacinas no Brasil. Uma é a CoronaVac, que foi desenvolvida através de uma parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan de São Paulo. A outra é a Oxford/AstraZeneca, desenvolvida no país em parceria com a Fiocruz.
Vários estados do país já começaram a vacinação em seus territórios, mas até o momento não se tem um grande número de doses para serem aplicadas nesta primeira fase.
Ministro da Saúde diz que chegarão 2 milhões de vacinas da AstraZeneca
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse na tarde desta quinta-feira (21) que um lote com 2 milhões de vacinas chegará no Brasil na sexta-feira (22).
O imunizante está vindo da Índia por meio de um voo comercial da empresa Emirates e desembarcará em São Paulo. Depois, a carga será transportada pela empresa Azul para o aeroporto Tom Jobim, que fica no Rio de Janeiro.
Bolsonaro também já havia falado sobre o assunto nas redes sociais e afirmou que o ministro das Relações de Exteriores da Índia informou que as primeiras vacinas a serem entregues pelo Instituto indiano serão para o Brasil e Marrocos.