O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez crítica ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). No sábado (27), o líder do Executivo declarou que os governadores que “fecharem seus estados” deverão ficar responsáveis por custear a vindoura nova versão do auxílio emergencial.
Flávio Dino respondeu que se os governadores tiverem que custear até mesmo o auxílio emergencial “aí mesmo que o presidente da República vai provar sua total inutilidade”, declarou o governador do Maranhão em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Na sexta-feira (26), durante sua viagem ao estado do Ceará, o ocupante do Palácio da Alvorada voltou a atacar os governadores que tomaram medidas em seus estados para tentar conter a disseminação do coronavírus, no momento mais difícil da pandemia no país.
Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial será concedido por mais alguns meses e que agora o governador que fechar o estado, “o governador que destrói emprego”, ficará responsável por arcar com as despesas do auxílio emergencial, não se pode continuar a fazer política e “jogar para o colo do Presidente da República essa responsabilidade”, declarou Jair Bolsonaro.
Bolsonaro criticou os governadores que fecharam estabelecimentos comerciais e suspenderam a circulação dos cidadãos em horários determinados. As críticas do presidente acontecem em um momento em que se teme que haja um colapso no sistema público de saúde em vários estados do país.
Bolsonaro disse ainda que as pessoas querem trabalhar, que não conseguem mais permanecerem dentro de casa.
Quem obriga as pessoas a ficarem dentro de casa estão contrariando a população, alegou o presidente que ainda disse que está se sentindo fortalecido em sua visita ao nordeste do país. Bolsonaro alegou que é constantemente atacado, porém não vão conseguir fazer com que ele desista de seu mandato.
Brasil melhor
O mandatário ainda afirmou que está certo que quando terminar seu mandato irá entregar um Brasil melhor do que aquele que encontrou quando assumiu no mês de janeiro de 2019, mesmo enfrentando uma pandemia, disse um confiante Bolsonaro.
Auxílio emergencial
Na quinta-feira (25), Jair Bolsonaro declarou que a negociação sobre a volta do auxílio emergencial estuda o pagamento de quatro parcelas do benefício, no valor de R$ 250 cada uma delas, e que o auxílio começaria já a partir do mês de março.
Live
Bolsonaro nesse dia declarou que esteve reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes e combinou as condições para o pagamento do benefício, declarou o presidente em sua live semanal que são exibidas nas redes sociais todas às quintas-feiras.