Em entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira (10), o ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato a presidente Fernando Haddad (PT) fez algumas reflexões sobre o cenário político atual.

Haddad disse acreditar que o antibolsonarismo está maior que o antipetismo. Ele disse que é um escândalo mundial o Brasil estar sendo comandado por uma pessoa como Bolsonaro.

Mesmo depois de ter sido anunciado como pré-candidato do PT à presidência, Haddad disse que defende o ex-presidente Lula como o candidato do partido em 2022.

O pré-candidato comentou também sobre a volta do auxílio emergencial, o qual ele defende que tem que ser pago até o dia em que todos os brasileiros já estiverem vacinados contra o coronavírus.

Haddad diz que Bolsonaro foi ruim para o Brasil

Sobre o mandato de Bolsonaro, o ex-prefeito de São Paulo classificou como algo ruim, que não deveria ter acontecido e que o resultado deste erro será refletido por muitos anos.

Em um momento de especulação, Haddad disse que esta eleição pode ser diferente, pois acredita que desta vez o número de pessoas que estão insatisfeitas com a gestão de Bolsonaro é maior do que o número de insatisfeitos com PT na eleição de 2018.

Quanto às eleições em 2022, Haddad disse que espera que Lula possa concorrer, mas se o petista não puder participar por conta de seus direitos eleitorais, Haddad disse que sai candidato.

Haddad disse que está preparado

Sobre ser presidente, Haddad disse que não é algo que depende somente da vontade ou vocação.

O petista disse que isso depende de diversas circunstâncias históricas.

Haddad garantiu que tem se preparado para ocupar o cargo de presidente da República há quarenta anos e garantiu que esse desejo não tem a ver com fazer justiça pelo que aconteceu com o ex-presidente Lula.

O petista disse que Lula foi vítima de uma violência e que não tinha como negar isso.

Ele ressaltou que queria ter o poder de devolver os direitos políticos de Lula para ele concorrer às próximas eleições.

Lula está impedido de participar por ter sido condenado em segunda instância no âmbito da Lava Jato em dois casos. Um dos casos envolve um tríplex que fica localizado em Guarujá (SP) e outra condenação por conta de um sítio que fica em Atibaia (SP). Sendo assim, está impedido de participar de cargos públicos por se enquadrar na Lei da Ficha Limpa.