O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), participou de uma live nesta quinta-feira (18). A conversa semanal aconteceu nas redes sociais do presidente no Facebook, YouTube e Instagram. Diversos assuntos estiveram em pauta, como lockdown, auxílio emergencial e mudança no Ministério da Saúde.
Bolsonaro voltou a criticar o lockdown
Com a disparada nos casos de Covid-19 e os recordes diários de mortes em virtude da doença, vários governadores e prefeitos estão optando pelo fechamento dos comércios, como forma de evitar a ocorrência de mais casos do coronavírus.
Em diversas localidades já não há vagas de leitos nas UTIs dos hospitais. O presidente voltou a criticar a medida.
“Acima de tudo, o povo disse nas ruas que quer trabalhar (...) eu acredito que tenhamos [ou melhor] não eu, mas o povo, tenha vitória no tocante a isso daí. E nós vamos passo a passo demonstrando o que nós queremos. O que eu vejo é que a população tá um pouco dividida. O pessoal continua insistindo no fique em casa e outros que querem trabalhar por necessidade. Eu acho que ficar em casa é uma coisa bacana. Quem não quer ficar de férias em casa? Mas pouquíssimas pessoas têm poder aquisitivo pra ficar sem trabalhar. Temos no Brasil servidores públicos, civis e militares que podem até ficar em casa, que por enquanto não vê sua remuneração, seus proventos, suas aposentadorias, suas pensões ameaçadas.
Agora, uma grande parte dos brasileiros, uns que vive da formalidade, tem carteira assinada, uns perdem emprego ou tem redução de salários”, afirmou o presidente.
Alerta sobre o auxílio emergencial
O auxílio emergencial, depois de muito debate, demora e especulações, deve voltar a ser pago em abril. Contudo, Jair Bolsonaro alerta que o país está em situação financeira difícil.
"Auxílio emergencial não tem como durar pra sempre. Auxílio emergencial não é dinheiro que tá no cofre, é endividamento. A nossa dívida atualmente ultrapassa R$ 5 trilhões, mas o povo tem que trabalhar pra honrarmos esses compromissos, então, temos que impor limites muitas das vezes, até pra você ter responsabilidade", disse Bolsonaro.
Mudança no Ministério da Saúde
Nesta semana foi anunciada a saída de Eduardo Pazuello da pasta. Quem assume seu lugar é o médico cardiologista Marcelo Queiroga. Na live desta quinta-feira, o presidente elogiou a atuação do general à frente do ministério.
"Cumprimentar também o Pazuello que está nos deixando amanhã (...) que fez um brilhante trabalho no Ministério da Saúde (...) logo que Pazuelo assumiu a Saúde, lá tinha um problema seríssimo de gestão. Muitos ralos, muita coisa esquisita, quase nada informatizado. Ele teve que fazer realmente uma assepsia no Ministério da Saúde. E ele fez um trabalho excepcional", elogiou o presidente.