Nesta quinta-feira (11), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou mais uma live. A conversa com os internautas é veiculada semanalmente através das redes sociais do político.
Combate ao coronavírus
Dentre os assuntos abordados, Bolsonaro falou sobre a pandemia da Covid -19 e respondeu aos críticos da sua atuação nas medidas de prevenção e combate ao coronavírus.
"Em especial a aqueles que nos criticam sem qualquer base: 'Ah! O Governo abandonou o tratamento do covid. Ah! Ele é anti-vacina. Ele falou que é uma gripezinha'.
Estou esperando alguém mostrar um áudio ou vídeo meu dizendo que era uma gripezinha. Estou esperando!", esbravejou o presidente.
Bolsonaro respondeu ao ex-presidente Lula, que sugeriu em coletiva na última quarta-feira (10) que o atual presidente é um terraplanista.
“O Carniça [Lula] ontem falou que eu deveria procurar o Marco Pontes, que é o nosso ministro da Ciência e Tecnologia, que teve no espaço, pra ele dizer pra mim que a Terra é redonda. Olha a qualidade do meu ministro da Ciência e Tecnologia e a qualidade dos ministros do presidiário [Lula]. Pra depois começar a discutir. E não é só a Ciência e Tecnologia. Veja o padrão de todos os ministros meu e daqueles do governo do PT lá atrás.
Lá atrás a especialidade era outra [Bolsonaro fez sinal com as mãos, insinuando roubo]", disse o presidente.
Demora na imunização da população contra a Covid-19
De acordo com o UOL, o Brasil chegou nessa quarta-feira (10) a 9 milhões de vacinados contra o coronavírus, o que representa apenas 4% dos brasileiros. Bolsonaro elogiou os números.
"Nós já temos mais de 10 milhões de vacinados no Brasil. Aí vem os inteligentes: 'faça igual Israel que já vacinou mais da metade do seu povo'. Sabe a população de Israel? Não sabem. A população de Israel é menor que a capital do estado de São Paulo, em torno de 9 milhões de pessoas e nós já vacinamos 10 milhões de pessoas.
Nós já vacinamos todos os idosos acima dos 85 anos de idade (...) até o final deste ano, de forma escalonada, teremos 400 milhões de doses de vacina contratadas por várias empresas", explicou Bolsonaro.
Bolsonaro voltou a criticar o fechamento dos comércios
Com a explosão dos casos de Covid-19 no país, prefeitos e governados estão optando pelo lockdown para tentar conter novas infecções, medida que não agrada o presidente.
"Todo mundo tá preocupado com morte, ninguém quer morte. Lamentamos toda e qualquer morte. Agora, nós sabemos que a vida e economia, saúde e economia andam juntos. Você não pode criar uma massa enorme de desempregados no Brasil porque daí não vamos ter dinheiro e recurso pra fazer nada.
Nem pra compra vacina. Eu acredito que em mais cem países no mundo nem se fala em vacina, porque não tem dinheiro. Se nós que temos o dinheiro aqui... nós não, o mundo todo, falta vacina no mundo todo. Se os países mais desenvolvidos, que têm recursos, tão querendo vacina e não conseguem comprar, imagina certos países, em especial da América do Sul e do continente africano, também não tão comprando. O efeito colateral direto do lockdown é o desemprego", enfatizou Bolsonaro.