A cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar, 42 anos, é um dos nomes que está sendo cotado para substituir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no comando da pasta. Caso seja escolhida como substituta do general especialista em logística, a médica especializada no combate à Covid-19 será a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde no Brasil.
O nome da cardiologista vem sendo cogitado para assumir a pasta desde 2020 e a possível troca poderá acontecer no momento mais crítico da pandemia no Brasil. Somente no último sábado (13), o país registrou 1.940 óbitos pela Covid-19, chegando ao total de 277.216 mortes, de acordo com o portal G1.
Currículo
Natural de Anápolis, Goiás, Hajjar formou-se em medicina na UnB (Universidade de Brasília), no ano 2000. Ela também exerce o cargo de professora associada de cardiologia da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e ainda é diretora de Ciência e Tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Cloroquina
Ludhmila Abrahão Hajjar declarou publicamente que não apoia o uso de cloroquina para tratar a Covid-19 e é defensora do uso de máscaras, isolamento social e vacinação em massa. Ela até mesmo já recebeu a segunda dose do imunizante contra o coronavírus e comemorou em seu Instagram. Ela possui mais de 90 mil seguidores na rede social.
A cardiologista já chegou a tratar o atual ministro da Saúde na unidade do Nova Star de Brasília.
O presidente da Oncologia da Rede D'Or, a rede em que a cardiologista trabalha no corpo clínico, Paulo Hoff, declarou que a comunidade médica acredita que Ludhmila terá a capacidade de realizar uma leitura crítica dos dados, pois ela também atua na academia.
A cardiologista já atendeu políticos de diversos campos ideológicos, como os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de vários ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Recentemente, a possível substituta de Pazuello declarou em entrevista ao Jornal Opção, de Goiás, que o país está fazendo "tudo errado" na pandemia e está "pagando um preço por isso". Ela afirmou que não era para o Brasil estar com o número de mortos pela Covid-19 em crescimento, visto que no restante do mundo está havendo uma queda.
A médica ainda declarou que o Brasil deveria ter uns 5 ou 6 imunizantes disponíveis e que o número muito reduzido de pessoas vacinadas é uma catástrofe.
Reunião com o presidente
A Secretaria Especial de Comunicação Social afirmou que a cardiologista teve uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde do domingo (14), no Palácio da Alvorada, pois, segundo o que foi noticiado pelo jornal O Globo, o ministro Pazuello teria pedido demissão para tratar da saúde. A assessoria de Eduardo Pazuello divulgou nota negando essa informação e assegurando que o ministro só deixará o cargo se a decisão partir do presidente da República.