Diversos políticos tem se manifestado em suas redes sociais neste 1º de maio - Dia do Trabalhador. Um deles é Guilherme Boulos (PSOL), nome que ganhou força no campo da esquerda política brasileira nos últimos anos.

Boulos foi candidato a presidência, em 2018, quando ficou na décima posição, com pouco mais de 600 mil votos. Já em 2020, se candidatou a prefeitura de São Paulo e obteve um desempenho melhor, chegando ao 2º turno. Ele alcançou na capital paulista mais de 2 milhões de votos naquela oportunidade.

O político ativista é professor de filosofia, psicanalista e escritor.

Mensagem de 1º de maio

Boulos iniciou sua fala na rede social parabenizando os trabalhadores e fazendo críticas ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Neste 1º de maio, eu quero saudar todas as trabalhadoras e trabalhadores do Brasil. Num momento muito difícil da nossa história. Nosso povo nunca sofreu tanto. Hoje, está condenado a morrer pelo vírus [do coronarívus] ou pela fome. Por um desgoverno do Bolsonaro que não salvou nem vidas, nem os empregos. Um desgoverno que investiu num negacionismo genocida. Um desgoverno que praticou um neoliberalismo criminoso. Hoje, é momento da gente lembrar que não é só o vírus que mata. O corte do auxílio emergencial mata, os cortes de recursos para o SUS [Sistema Único de Saúde] mata, a fome mata", reclamou.

O político pede união de forças contra o presidente Jair Bolsonaro. "Esse é o momento em que a gente precisa unir todas as forças progressistas do país para colocar fim a esse pesadelo. Para que a gente garanta vacinação para todo o povo brasileiro, valorização do SUS [Sistema Único de Saúde] e dos profissionais saúde. Para que a gente consiga retomar o auxílio emergencial de R$ 600 para que nosso povo possa comer e viver com um mínimo de dignidade para atravessar esse momento tão difícil', pontou.

Boulos deseja o impedimento de Bolsonaro

Para o político, o presidente deve ser afastado do cargo antes mesmo da eleição do ano que vem. "Pra que a gente garanta o impeachment de Jair Bolsonaro, porque com ele na presidência, essa crise não tem saída. O Brasil, o nosso povo não aguenta sangrar até 2022. Esse é o momento que exige de nós disposição de luta e resistência.

Hoje, a gente ainda não pode tomar as ruas e praças, como a gente gostaria, pela nossa responsabilidade social e sanitária. Mas, assim que for possível, nós vamos encher as ruas do Brasil para poder derrotar de uma vez por todas esse governo genocida", exclamou.

Boulos finalizou com uma mensagem de esperança para seus seguidores. "O Brasil é muito maior do que o Bolsonaro, nós vamos vencer o atraso, nós vamos superar esse pesadelo. E viva o 1º de maio dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso país", completou.