Ciro Gomes (PDT) foi o convidado deste sábado (15) do canal do YouTube da comentarista política Gabriela Priolli. O presidenciável participou do quadro ‘GPS Político’, onde defendeu sua ideologia e comentou sobre assuntos relacionados ao cotidiano da população.
Ciro é um dos nomes fortes para as Eleições de 2022. Em 2018, foi o terceiro mais votado no pleito, alcançando 13 milhões de votos.
Em seu currículo ele já foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, deputado e ministro da República.
Espectro político
No início da conversa, a entrevistadora pergunta para o entrevistado em qual régua do campo político ele se enquadra. Ciro pendeu para o campo da esquerda. “Mais pra social democracia, minha evolução com muita leitura, com muita prática, com muita vivência, eu tenho compulsão por estudar, por ler, por aprender com a experiência internacional, acompanho como dublê de curioso do mundo intelectual, escrevo livros, enfim, essa minha posição concreta a partir dessa maturidade, dessa experiência, dessa observação da história humana”, explicou.
Ciro acredita que o sua ideologia é a mais adequada para superar as desigualdades e problemas inerentes a nação. “Nós nunca chegamos nem perto de um estado de bem-estar social, que é o que nosso povo deseja. Vou terminar minha resposta, porque que socialismo democrático ou social democracia ou alguma coisa entre os dois. É o que nos importa, porque há um estoque de problemas ancestrais que nós herdamos da escravidão. A escravidão tá aí nos salários que se paga menor para as populações negras e pardas. Nos salários que se paga menor para mulheres pela mesma jornada de trabalho (...) o povo quer um estado coordenador, povo quer a liberdade econômica, povo quer o respeito a propriedade privada, mas o povo quer um estado que promova a superação da miséria, da desigualdade, hiato de infraestrutura e qualifique o capital humano com saúde, educação e segurança”, pontou.
Brasil na pauta
Ciro Gomes defende um plano de curto, médio e longo prazo, para que o país cresça de maneira sustentável. "Projeto Nacional de Desenvolvimento é a minha obsessão. Eu escrevi um livro [Projeto Nacional], felizmente frequentou quinze semanas o livro mais vendido do Brasil. Sinal que pelo menos tem uma juventude lendo. Basicamente um projeto nacional é um plano. Que define o que é que nós somos, quem somos, quais são os nossos problemas e o tamanho deles, define um objetivo, estabelece um prazo para esse objetivo ser cumprido, define "orçamentação", o quando custa, os políticos odeiam falar isso. O povo exige: 'quando custa esse negócio aí?' E quem vai pagar essa conta. Politicamente a conta tem que ser distribuída de forma equilibrada e no Brasil só se cobra imposto de classe média e pobre", justificou.