O presidente Jair Bolsonaro pretende reconduzir Augusto Aras por mais dois anos no Ministério Público (PGR).
Para que isso aconteça, Aras precisa da aprovação do Senado, será avaliado pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), e seu nome será avaliado em votação secreta pelo plenário.
A recondução de Aras por Bolsonaro impressionou os senadores. Seu novo mandato, se confirmado, terá início em setembro. Em 2019, Aras foi aprovado por uma margem significativa de votos: 68 a 10. Ele precisa de 41 votos para ser confirmada a sua recondução.
Senadores de oposição
Nesta quarta-feira, vários senadores da oposição reagiram negativamente à atuação do procurador-geral na República. Para eles, Aras deixou de atuar nos momento cruciais, nos dois anos de seu mandato.
Os senadores também lamentaram que Bolsonaro tenha omitido novamente a lista tríplice apresentada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Três nomes foram indicados, por membros do Ministério Público para que, dentre eles, um fosse indicado pelo presidente para ser o novo PGR.
A recondução de Aras
No dia da sabatina que decide a recondução de Augusto Aras para o comando da Procuradoria-Geral da República, até senadores que já se opuseram a ele, passaram a defender a sua recondução, devido ao nome que poderia vir a substituí-lo no cargo, a sub-procuradora Lindôra Araújo.
“Se com Aras é ruim, com Lindôra pode ser pior”, comentaram os senadores. Por isso, os senadores não querem que o Plano B seja acionado no Palácio do Planalto, em caso de o nome de André Mendonça ser rejeitado para ir ao Supremo Tribunal Federal ou, até mesmo ser retirado pelo Presidente da República.
Nesse caso, uma opção seria Bolsonaro nomear Augusto Aras para o cargo vago no STF e Lindôra Araújo para a PGR.
Proximidade com o presidente
Segundo os senadores, Lindôra Araújo se alinha muito mais ao Palácio do Planalto do que Augusto Aras, sendo, inclusive, próxima à família do presidente Jair Bolsonaro.
"Lindôra é muito próxima do presidente e de sua família, e poderia substituir Aras, então, acredito que o procurador-geral será reconduzido, mesmo com críticas”, disse Humberto Costa, senador pelo (PT-PE).
Além disso, em conversa com os senadores, Aras prometeu ter um papel mais ativo no Governo e nas atividades presidenciais durante o segundo mandato.
Ele manteve a promessa durante reunião com os senadores antes de ser sabatinado, tentando obter o apoio de que precisava para sua recondução. A aprovação de Haras é tida como certa pela Comissão de Constituição e Justiça e também pelo Plenário.
No entanto, segundo observa Valdo Cruz, comentarista político do G1, sua aprovação não alcançará 68 senadores, como na primeira sabatina, ficando entre 50 e 60 votos.
