Muitas pessoas se assustaram com a notícia que lideranças do MBL (Movimento Brasil Livre) vão se filiar em peso ao Podemos no dia 26 de janeiro. Com isso, o movimento estará no mesmo partido do ex-ministro Sergio Moro (Podemos) na disputa para a presidência. Também, fizeram questão em apresentar uma “Carta de Independência”, no qual o movimento diz ser autônomo diante de decisões futuras do Podemos.
O ato de filiação deve contar com a participação de Moro. Assim, o movimento vai deixar o Patriota, onde está a maior parte dos integrantes do MBL.
Outros membros que estão em outros partidos –como o PSL, Democratas e Novo– também deverão migrar para o Podemos e dar apoio em peso para o Moro. Por outro lado, alguns membros do movimento vão ter que esperar até a abertura da janela partidária, em abril, para mudar de sigla.
Pela legenda, o movimento vai lançar chapa para o governo de São Paulo, que será encabeçada pelo deputado estadual Arthur do Val (Patriotas). A disputa pelo Senado vai ser encabeçada pelo também deputado estadual Heni Ozi Cukier (Novo). Com os dois, o movimento tem planos de montar um palanque forte para Moro no estado de São Paulo para a disputa da cadeira presidencial.
Entretanto, o movimento só vai confirmar a ida para o novo partido no final da semana, provavelmente no dia 20 de janeiro.
Tanto as lideranças do MBL quanto do Podemos já disseram que o acordo está sacramentado. Segundo o vereador Rubinho Nunes (PSL), um dos principais articuladores da filiação, o movimento vai caminhar com o Podemos e as conversas vêm evoluindo muito nos últimos dias.
De acordo com Rubinho, o apoio incondicional à terceira via –referindo-se a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL)– foi um dos fatores que levaram o movimento escolher o Podemos, além da presença de Moro.
Carta de independência do movimento
Outro ponto que o vereador esclareceu foi a garantia que o MBL teria uma “independência” no Podemos. Segundo ele, as condições da filiação dos membros do movimento é justamente que eles tenham liberdade dentro da legenda.
Rubinho disse ainda que, quando acontecer a filiação do grupo, uma “carta de independência” será firmada e eles estão tranquilos quanto a independência que terão. Ele ainda esclareceu que, independentemente da sigla, os membros são do movimento, e não do partido. Ou seja, o partido seria um meio para participarem das próximas Eleições.