A cantora Margareth Menezes, a futura titular do Ministério da Cultura, enfrenta uma série de processos na Justiça do Trabalho. São pelo menos 12 ações identificadas conta a cantora baiana junto a Justiça do Trabalho, segundo levantamento realizado pelo portal Metrópoles.

Em nove processos, Margareth foi condenada ou fez algum tipo de acordo com os funcionários, movimentando no total pouco mais de R$ 675 mil. Outras três ações na Justiça do Trabalho que ainda não tiveram um encerramento, juntas, possuem valor de causa de R$ 194,9 mil.

A artista é proprietária das empresas Estrela do Mar Produções Artísticas, criada no ano 2001, Pedra do Mar Produções Artísticas, fundada no ano de 2009, e Associação Fábrica Cultural que teve inicio em 2004.

Todas elas possuem sede em Salvador, capital da Bahia.

A futura ministra da Cultura também está sendo acusada de não pagar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e horas extras a funcionários que lhe prestaram serviços por mais de uma década. Segundo um dos funcionários da artista, Cláudio Fiuza, 49 anos, ele foi demitido após quase treze anos de trabalho sem aviso prévio, ele ingressou na Justiça do Trabalho com uma ação. Fiuza era roadie da cantora e trabalhava sem carteira assinada. O homem relatou em petição que seu trabalho era ajudar a cantora e os outros músicos no palco, ele também prestava apoio durante as apresentações montando e desmontando instrumentos, ele afirmou que chegou a trabalhar 16 horas por dia durante shows.

Outras dívidas

A futura ministra do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou na sexta-feira (16) que acumule dívidas de mais de R$ 1 milhão de verbas públicas com os cofres públicos e enviou uma nota que informava que a Fábrica Cultural, sua ONG, vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), o tribunal condenou a ONG a devolver R$ 338 mil.

Na sexta-feira, a revista Veja publicou reportagem que informava que o TCU condenou a ONG de Margareth Menezes no mês de dezembro de 2020 por irregularidades em um convênio firmado com o Ministério da Cultura, no ano de 2010, o último ano do segundo mandato do Governo Lula. O contrato assinado seria para a realização de um seminário sobre culturas identitárias.

O MinC iria liberar R$ 757 mil e o resto do valor ficaria por conta da ONG de Margareth Menezes.

Show

Na noite da última sexta-feira (16), a artista realizou seu primeiro show após seu nome ser divulgado como ministra da Cultura do futuro governo Lula. A apresentação foi feita na terra natal da artista. Ela foi ovacionada pelo público presente, agradeceu o apoio e afirmou que a empreitada será desafiadora. O show foi o lançamento do bloco Os Mascarados 2023, no Pelourinho, Salvador. Margareth foi recebida aos gritos de “ministra”.