Uma Mulher de 30 anos foi morta a facadas na tarde desta quarta-feira (29), em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre. A vítima, identificada pela Polícia como Letícia Rosa dos Santos, teria sido morta com vários golpes no pescoço dentro de sua residência na rua Rio Branco, no bairro de São Geraldo.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Jeiselaure Rocha de Souza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o ex-marido de Letícia seria o principal suspeito de ter cometido o crime.

Ainda segundo a delegada, o homem, que ainda não teve a identidade revelada pela polícia, não aceitava o término do relacionamento que durou 11 anos.

O casal possuí três filhos, com idades entre 5 e 11 anos. No momento do assassinato, as crianças não estavam no local.

Conforme a delegada titular da Deam, Letícia era frequentemente ameaçada pelo ex-marido e momentos antes do crime ele teria chegado na residência da vítima em um automóvel Hyundai HB20S. Já dentro do imóvel, o casal teria iniciado uma discussão. Letícia chegou a gritar e pedir socorro. Uma vizinha escutou os gritos da mulher e veio em seu auxílio, chegando inclusive a entrar em luta corporal como o homem, mas não conseguiu impedir que momentos depois este viesse a aplicar os golpes de faca em Letícia, que acabou sendo encontrada morta no quarto da residência.

A delegada ainda comenta que antes de matar a ex-companheira, o homem ainda teria a amordaçado e também amarrado suas mãos.

A faca usada no crime foi encontrada pelos policiais dentro de uma pia do imóvel ainda suja de sangue.

Logo após cometer crime, o homem teria entrado de volta em seu automóvel e fugido do local rapidamente. O veículo do suspeito, que possui placa de Gravataí, foi localizado pela polícia na região de Três Coroas, horas depois do ocorrido.

Homem possui registros por violência doméstica

O suspeito também possui diversos registros criminais por violência doméstica, mas por conta de Letícia não querer representar na Justiça contra ele, este ainda permanecia em liberdade.

Agora, os agentes da Deam estão tentando localizar o suspeito e pedem que as pessoas da região ajudem realizando denúncias anônimas pelo telefone 181 da Polícia Civil ou também pelo WhatsApp (51) 98585-9953, do setor investigativo da Deam.

Lembrado que todas as informações serão verificadas e a identidade dos denunciantes são sempre preservadas e mantidas no absoluto sigilo.

A delegada ainda comenta que é sempre muito importante que mesmo que as agressões contra as mulheres aconteçam somente verbalmente, esta deve comparecer à Delegacia de Atendimento à Mulher para realizar uma queixa contra o agressor, pois aquelas mulheres que desde cedo realizam as ocorrências possuem menos chances de serem até mesmo uma vítima fatal. “É fundamental que elas peçam uma medida protetiva e que também deem seguimento à denúncia”, diz a delegada titular da Deam.