De acordo com informações do UOL, a associação que representa os oficiais da Polícia Militar declarou-se contrária à prisão "de brasileiros que não acatarem a recomendação de governos estaduais ao isolamento social". O posicionamento vai em desacordo com as ideias de João Doria, governador de São Paulo.

De acordo com o governador, medidas extremas precisam ser realizadas para que problemas maiores não sejam apresentados a respeito do novo coronavírus. "Se não elevarmos o nível de pessoas cumprindo o isolamento social, a partir da próxima segunda-feira, o governo do estado e a prefeitura de São Paulo, tomarão medidas mais rígidas'', comentou Doria.

São Paulo, Rio de Janeiro e covid-19

Atualmente, o estado de São Paulo é o mais atingido com a proliferação da covid-19. De acordo com informações do Ministério da Saúde, a cidade paulista apresenta cerca de 608 mortes e mais de 8,8 mil casos de infectados pelo coronavírus foram confirmados.

Logo atrás está o Rio de Janeiro, onde foi registrado cerca de 182 mortes e 3,2 mil casos confirmados. Quando o surto começou a proliferar por ambos os estados, entidades governamentais começaram a prevenir a população com medidas de isolamento social. Em São Paulo, o atual governador, João Doria, decretou que nenhum comércio sem importância social poderá abrir, tendo como exemplo: lojas de roupas e pequenas redes de fast food.

Os comerciantes que descumprirem as medidas, poderão ser penalizados com multas.

Já o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, informou que nenhuma atividade de lazer pública poderá ser exercida nesse período de pandemia, tendo como exemplo: praias, rios, lagos e trilhas. O governador autorizou que agentes de segurança prendam quem descumprir com as novas ordens.

Brasil

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país já registrou 1.361 mortes e 23.955 casos confirmados.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo bastante hostilizado por parlamentares e também por brasileiros pelo fato dele tomar medidas contrárias aos demais presidentes mundiais. Bolsonaro já declarou que é contra a paralisação de todas as atividades profissionais no país.

De acordo com palavras do chefe do Executivo, é fundamental respeitar o isolamento social, mas ele entende que não há necessidades para suspender parte das atividades de trabalho.

Recentemente, o presidente da República tentou impor uma campanha para mobilizar parte da população brasileira a retomar os trabalhos em meio à pandemia da covid-19, mas a decisão foi negada pela Justiça do estado do Rio de Janeiro.