Estreou nesta quinta-feira (23) na Netflix, o filme "Modo Avião". A produção é dirigida por César Rodrigues, o mesmo das comédias: "Vai que Cola – O Filme" e "Minha Mãe É uma Peça 2". O roteiro ficou por conta de Renato Fagundes, "Os Penetras 2’" e Alice Name-Bomtempo da série do Multishow "Vai que Cola". O roteiro foi inspirado na obra do mexicano Alberto Bremmer. O filme protagonizado por Larissa Manoela conta ainda com o cantor Erasmo Carlos, Katiuscia Canoro, André Frambach e Dani Ornellas, entre outros.

Do que se trata

Larissa Manoela dá vida à Ana, jovem estudante de moda que abandona o sonho de ser estilista para se dedicar a vida de digital influencer.

Ela exerce a função trabalhando para a marca True Fashion, comandada pela executiva Carola (Canoro).

Ana é viciada no uso de smartphone e acaba se envolvendo em um acidente de carro, pois ela estava tentando tirar uma selfie enquanto dirigia; como punição, ela acaba sendo enviada para passar uma temporada junto com seu avô que ela não via há muito tempo, o rabugento Germano, papel do Tremendão Erasmo Carlos. Ela também não poderá usar o celular, até mesmo porque onde Germano vive não tem sinal de celular.

E isto é basicamente do que se trata esta nova produção nacional da Netflix. Não será visto muito mais do que está na sinopse e também pelo que foi apresentado no trailer da própria Netflix, que estranhamente em algumas de suas produções, revela tudo o que irá acontecer na trama.

Mas, infelizmente não há muito em que se ver nesta trama das mais genéricas possíveis, a protagonista que vive em uma grande metrópole e terá que passar uma temporada em uma pequena cidade e irá descobrir quem realmente é ao rever seus valores, e de bônus ainda encontrará um grande amor.

Roteiro genérico

Em principio não há nada errado de a história do filme já ter sido vista em diversas produções do tipo, mas o grande problema é que "Modo Avião" não apresenta nada de novo que pudesse disfarçar a trama sem novidades.

O longa poderia, por exemplo, fazer uma reflexão sobre o uso de smartphones, a superexposição nas redes sociais, problemas da vida moderna. A crítica até existe, porém é feita de maneira superficial que passa praticamente despercebida pelo espectador não tão atento.

Se a produção perde a chance de passar uma mensagem para o público infanto-juvenil, seria de se esperar que pelo menos apresentasse boas piadas, visto que o diretor e os roteiristas têm um currículo de sucessos nessa área, tendo trabalhado em grandes comédias de sucesso no Cinema nacional, ou talvez por isso mesmo o filme tenha fracassado também na tarefa de fazer rir.

Justiça seja feita, o filme pelo menos não tem o tom histriônico de quase todas as comédias nacionais exibidas nos cinemas. Outro ponto fraco do filme é a constrangedora participação de Erasmo Carlos como ator, o parceiro musical de Roberto Carlos não consegue em momento algum do filme passar algum tipo de emoção, a não ser talvez o tédio.