Novos projetos de urnas eletrônicas foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com duas empresas concorrendo. A estimativa do TSE é pela fabricação de 180 mil novas urnas eletrônicas, no prazo de estarem prontas antes do pleito municipal deste ano. Porém, os protótipos apresentados foram desqualificados, mas em sessão extraordinária, convocada no dia 8 de janeiro, decidiram por estender o prazo para ambas empresas realizarem correções e alterações nos sistemas. No dia 20 de janeiro foram apresentadas as correções, com testes realizados pelos auditores do TSE.

É esperado que os gastos com as novas urnas eletrônicas possam chegar a R$ 696 milhões. As novas urnas eletrônicas apresentarão um novo layout, junto com invocações para os equipamentos dos mesários. O prazo é bastante curto, mas estima-se que todos os prazos serão cumpridos até antes da eleição municipal.

Problemas técnicos das urnas na última eleição

Durante as Eleições gerais de 2018, muitos casos de problemas técnicos em urnas eletrônicas foram relatadas em todo Brasil. O estado que apresentou mais trocas de equipamentos foi São Paulo, com 49 urnas eletrônicas. Em seguida vem Minas Gerais (46), Sergipe (35), Rio de Janeiro (34) e Rio Grande do Sul (30). Apesar do grande alarme feito nas redes sociais, principalmente com vários vídeos viralizados sobre um forte boato de fraude, a eleição ocorreu dentro da normalidade.

Urnas eletrônicas e voto impresso

Primeira emenda aprovada de autoria do Jair Bolsonaro, ainda como deputado federal, trouxe o tema para o debate público ao questionar a transparência da eleição. A emissão de um recibo do voto para fins de auditoria foi aprovada em 2015, com o placar de 433 votos a favor e 7 contra, maioria dos deputados presentes.

Porém, em 2018 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela sua suspensão, alegando a quebra do sigilo do voto.

Como funcionária o voto impresso: o eleitor ao entrar na cabine, digitaria o número de seu candidato na urna eletrônica. Um comprovante apareceria com a confirmação dos dados, estando certos, armazenados em uma urna para conferência e auditoria do tribunal eleitoral.

Voto em cédulas de papel

No final do ano de 2019, Jair Bolsonaro, agora como presidente do Brasil, disse que buscou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), com objetivo de fortalecer a pauta no congresso nacional. A PEC que trata do assunto é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL), aliada do presidente.

Apesar do interesse do executivo sobre o tema, os sinais dão conta que as prioridades do Congresso Nacional no ano de 2020 serão às reformas estruturais da administração pública: sendo reforma administrativa e reforma tributária; seguindo agenda iniciada em 2019 com a eleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados.

Tudo se encaminha para que o assunto não avance, assim como foi o voto impresso.

Muitos países já usam o sistema de urnas eletrônicas, incluindo alguns estados nos Estados Unidos. É uma busca constante o aprimoramento desta tecnologia, evitando problemas e fraudes. A votação em cédulas não impede fraudes, como muitos afirmam. Isso tornariam o processo de votação mais lento e mais caro, necessitando de muitos recursos humanos e financeiro para contabilizar todos os votos. É algo que levaria dias para contabilizar os votos. E experiências nos mostram, que países utilizam desta forma de votação, enfrentando problemas sobre alegações de fraude. A exemplo da Bolívia recentemente, que enfrentou alegações desta natureza. A eleição foi validada, apesar dos questionamentos de órgãos Internacionais. Evo Morales, com grande rejeição popular, decidiu por renunciar ao cargo.