Seguindo o (mau) exemplo do pai, Jair Bolsonaro (sem partido), que na manhã desta última terça-feira (18) insultou a repórter da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello com insinuações sexuais, seu filho “03”, o deputado Eduardo Bolsonaro (sem partido), em discurso na Câmara, atacou deputadas que se manifestaram contra Jair Bolsonaro. Ele usou palavras nada elogiosas e deu uma banana para as parlamentares, gesto este que o próprio Jair Messias Bolsonaro já havia feito há poucos dias.

A ira de Eduardo Bolsonaro foi despertada depois que a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) se dirigiu à tribuna acompanhada de 10 deputadas e leu uma nota de repúdio com assinaturas das deputadas contra a fala misógina de Jair Bolsonaro, que havia atacado na manhã de terça-feira a repórter Patrícia Campos Mello.

Eduardo Bolsonaro afirmou que a fala das colegas não passava de discurso político, uma imposição do politicamente correto que tinha apenas a intenção de calar o presidente Bolsonaro, disse Eduardo que estava acompanhado na tribuna da Câmara das deputadas: Bia Kicis (PSL-DF), Caroline de Toni (PSL-SC), Chris Tonietto (PSL-RJ), Major Fabiana (PSL-RJ), e Soraya Manato (PSL-ES).

Para contradizer a acusação de suas colegas, que acusavam Jair Bolsoarno de machista, Eduardo Bolsonaro lembrou que seu pai deu espaço para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, discursar durante a cerimônia da posse do presidente, no Palácio do Planalto.

Sob os gritos de “fascista” ao fundo, o filho do presidente disse que as parlamentares poderiam gritar à vontade.

“Só raspa o sovaco, porque dá mau cheiro para caramba”, completou o deselegante parlamentar.

PT

Além de dar uma resposta para Melchionna, Eduardo Bolsonaro também aproveitou para atacar o PT.

E novamente se exaltou e usou palavras que não condizem com o cargo que exerce, bem ao modo de seu pai. Sobrou também para a presidente do Partido dos Trabalhadores, a deputada Gleisi Hoffmann, ele acusou os petistas de só acreditarem em Democracia quando lhes favorecem

Tal pai, tal filho

Assim como a fala do presidente Bolsonaro sobre a repórter da Folha de S.

Paulo causou extrema revolta, a fala de Eduardo Bolsonaro também teve repercussão negativa. Juliano Medeiros, o presidente nacional do PSOL, por meio de seu Twitter, afirmou que havia acabado de ouvir o “discurso” do parlamentar no plenário da Câmara. Medeiros declarou que se tratou de uma fala abjeta e misógina e questionou o porquê de a Câmara dos Deputados não cassar o mandato do deputado.