Jornalistas da agência de notícias britânica BBC têm verificado um aumento, em todo o mundo, da divulgação das chamadas "Fake News" (notícias falsas) sobre determinados assuntos nas redes sociais. Um dos principais é sobre a pandemia da Covid-19, o que causa desinformação de grande parte da população sobre o alto grau da disseminação do coronavírus e seu poder de letalidade nos casos mais graves.
Há pessoas que estão se contaminando, adoecendo, ficando em estado grave ou, até mesmo, perdendo a vida devido a essa desinformação e teorias da conspiração online.
Essa prática mascara a real gravidade da epidemia, trazendo consequências nefastas à saúde das pessoas que ignorando ou rejeitando totalmente a adoção das medidas sanitárias de higienização das mãos por álcool gel, uso das máscaras de proteção facial e o distanciamento social entre as pessoas.
Notícias falsas sobre a doença atrapalham
Proliferação de ideias que a Covid-19 é um artifício para implantação global do sistema 5G, tem gerado protestos de grupos radicais em manifestações públicas nos Estados Unidos e na Inglaterra, negando o real perigo do Coronavírus para os seres humanos, contemporizando seus danos nocivos ao organismo humano, ainda no Reino Unido, tem sido perpetrados diversos atos de vandalismo contra mastros telefônicos e ataques a profissionais do ramo de telecomunicações.
A histeria causada por esses rumores online têm causado milhares de casos de envenenamento por ingestão de álcool no Irã, que normalmente é contaminado naquele país e por consumo de produtos de limpeza nos Estados Unidos.
Inúmeros casos de intoxicação por automedicação com hidroxicloroquina na África, Ásia, em virtude dos boatos virtuais, que tal substância seria um eficiente medicamento antiviral, apesar de a Organização Mundial de Saúde já ter recomendado a suspensão da administração do supramencionado remédio a pacientes com Covid-19, por falta de estudos científicos conclusivos.
Na Índia, médicos em missão para rastrear casos da doença, têm sido atacados nas ruas e o acirramento de conflitos étnicos e religiosos têm ocorrido frequentemente, devido aos falsos discursos espalhados nas mídias sociais.
Na América Latina, o volumoso e incessante tráfego cotidiano de mensagens inverídicas sobre fechamento de supermercados e farmácias, de dados estatísticos equivocados dos contaminados e das mortes e da descoberta da cura causam pânico na população e prejudicam o real enfrentamento contra o vírus.
As autoridades médicas e os órgãos de imprensa sérios vem buscando mecanismos para identificar os casos de "Fake News" sobre a pandemia viral e desconstruir suas perigosas consequências para a comunidade mundial.