O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma vez defendeu a mudança do sistema eleitoral do Brasil. Bolsonaro já havia criticado o uso de urnas eletrônicas há alguns meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente afirmou (sem apresentar provas), que as Eleições para presidente em 2018 haviam sido fraudadas. Mesmo ele tendo saído vencedor da disputa, Bolsonaro afirmou que deveria ter ganhado no primeiro turno. Desta vez, a declaração do mandatário foi realizada na última quinta-feira (5), em sua live semanal.

O líder do Executivo declarou que quer a mudança do sistema eleitoral brasileiro já nas próximas eleições presidenciais em 2022.

Volta ao passado

Engana-se quem pensa que o atual morador do Palácio da Alvorada possui em mente algum tipo de proposta que poderia vir a modernizar o processo eleitoral em Pindorama.

Jair Bolsonaro deseja substituir as urnas eletrônicas utilizadas atualmente por uma volta ao voto impresso. Bolsonaro declarou que enviará a proposta de alteração ao Congresso Nacional.

Na live, ele informou que seu Governo tem estudado os exemplos de países que utilizam a cédula de papel para realizar suas eleições.

Mas o presidente não comentou as eleições nos Estados Unidos, que estão correndo o risco de serem judicializadas por problemas justamente decorrentes do uso do processo atrasado por conta do uso de cédulas de papel.

Para Bolsonaro, a volta ao voto com cédulas de papel é a melhor maneira de auditar o pleito. Ele chamou isso de um "sistema confiável". As urnas eletrônicas são utilizadas no país desde 1996.

Bolsonaro defendeu na live a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)135/2019, da deputada federal Bia Kicis.

Jair Messias comentou que o texto da deputada aliada exige impressão de cédulas para que se possa votar nas eleições e também para a realização de plebiscitos e referendos.

De acordo com Bolsonaro, a PEC precisa ser analisada pelo Parlamento.

Um dos pontos que constam na PEC de Bia Kicis é que as cédulas de votação serão colocadas em urnas "indevassáveis", de maneira automática e sem nenhum tipo de contato manual.

A PEC já passou pela Câmara de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), mas ainda precisa ser apreciada pelo Plenário.

Estados Unidos

A fala de Bolsonaro acontece no mesmo tempo em que os Estados Unidos estão vivendo momentos de tensão justamente pelo método arcaico de votação, que usa cédulas de papel.

Assim como Bolsonaro, Donald Trump também tem contestado, sem mostrar nenhuma prova, o processo eleitoral. Até a última sexta-feira (6), o rival de Trump, o democrata Joe Biden estava na liderança das eleições norte-americanas.