A modelo e atriz Ísis de Oliveira, por estar no grupo de risco, não sai de casa desde a instituição do período de isolamento social para o combate ao novo coronavírus. Mas segundo ela, o seu marido, o egípcio Hazen Roshdi, faz exatamente o contrário. Sai de casa constantemente e, quando retorna, a agride a tal ponto que ela teme pela própria morte. Depois de uma nova crise, na noite de quarta-feira (22), Ísis prestou queixa na 12ª DP, em Copacabana, Rio de Janeiro, contando detalhes de como teria sido agredida.

Ísis de Oliveira contou que vinha sendo agredida há muito tempo. Em 2017, Hazen teria dado um empurrão na atriz. A agressão teria rendido um ferimento no rosto. Mas, após pedido de desculpas e juras de amor, Luíza afirma ter perdoado e retornado ao convívio com o egípcio.

Mas as agressões não teriam terminado. Na última foi na quarta-feira (22), Ísis contou em depoimento que o marido chegou em casa depois de cerca de quatro horas fora. Do nada, ele começou a agir de modo agressivo. Chutou ventilador, computador e ameaçou a botar fogo na residência e rasgar o rosto da atriz.

Artifício de Ísis de Oliveira ajuda a polícia

A atriz afirma que, naquele momento, sentiu medo de morrer. Para escapar de uma nova agressão, Ísis de Oliveira teve uma ideia. E contou com a ajuda da modelo e amiga Luíza Brunet. Para evitar que Hazen suspeitasse de algo, Ísis enviou uma mensagem de SOS para o telefone de Luíza, que chamou a Polícia.

Mas ela teria que superar outra dificuldade. Os policiais chegaram na recepção do prédio em que mora e tinham que ligar pelo interfone. Foi aí que ela teve outra ideia. Atendeu a ligação da portaria, mas antes, disse que se tratava de um pedido de medicamento feito a uma farmácia e que seria entregue naquele momento.

Os policiais subiram e entraram na residência.

Ao tomar conhecimento dos fatos, os agentes a orientaram a prestar queixa do marido na delegacia. Como o marido é reincidente, a atriz recebeu uma medida protetiva.

Os agentes também acompanharam Ísis de volta para o apartamento e monitoraram a saída do marido, que também levou seus pertences. Mas apesar da ação policial, a atriz ainda não se sente segura.

Quarentena e violência doméstica

A insegurança dela se deve ao fato de que, em uma outra ocasião, segundo ela, mesmo protegida pela lei, o marido conseguiu passar pela portaria e subir até o apartamento dela. Hazen chegou a ser procurado pela imprensa, mas não foi encontrado. Ela relata outras ocasiões em que teria sido agredida por Hazen. Segundo ela, já chegou a acordar com ele socando suas costas.

Ísis de Oliveira tem hoje 69 anos. Está em quarentena e não sai de casa para nada. Para ela, a crise conjugal se deve ao longo período de convivência. Seu casamento com Hazen já dura seis anos. Apesar de tudo, ela faz questão de divulgar os fatos para alertar a outras mulheres quanto ao problema da violência doméstica.