O rompimento da barragem 1 da Vale, em Brumadinho, que deixou um rastro e destruição e morte, repercutiu no mundo todo, provocando indignação até mesmo de famosos atores de Hollywood, como Leonardo DiCaprio, que usou as redes sociais para fazer um desabafo e criticar as empresas que colocam o lucro acima da vida das pessoas.
Por meio de sua conta no Instagram, o ator postou a foto de um veículo destruído em meio à lama acompanhado de um texto que citava o ocorrido e também lembrava o desastre semelhante ocorrido em Mariana, o qual classificou como maior catástrofe ambiental do Brasil.
“Já é suficiente. Governos e corporações devem parar de colocar os lucros acima da vida das pessoas e da natureza”, escreveu DiCaprio.
Na postagem, ele ainda marcou tags escritas em português, como “SOSBrumadinho”, “ForçaBrumadinho” e “Mariana”. O ator também é famoso por conta de seu ativismo nas causas ambientais.
99 mortos e 259 desaparecidos
De acordo com um novo balanço divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, nesta quarta-feira (30), subiu para 99 o número de pessoas mortas após o rompimento da barragem de Brumadinho, das quais 57 já foram identificadas. Ainda existem 259 pessoas desaparecidas.
Nenhum sobrevivente é encontrado desde o último sábado (26), um dia depois do desastre.
Dez dos corpos encontrados nesta quarta estavam na área onde ficava o refeitório da Vale, que estava lotado na hora do rompimento e foi completamente destruído. O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse que é falsa a informação que circulou durante o dia dando conta de que haviam bombeiros intoxicados pela lama e disse que também não há risco para a população.
Por conta do mal cheio dos corpos em decomposição, os bombeiros passaram a trabalhar usando máscaras. Segundo Aihara, por conta da força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. "Muitas vezes, são localizados segmentos de corpos", explicou.
O porta-voz disse ainda que todos o corpos encontrados na superfície foram resgatados da lama e que agora os trabalhos irão se concentrar em escavações.
O delegado da Polícia Civil, Arlen Bahia, informou que os corpos estão chegando ao Instituto Médico Legal em avançado estado de decomposição e por conta de não mais ser possível o reconhecimento facial, a identificação passou a ser feita por meio de exames de DNA e uma força-tarefa foi montada para agilizar os trabalhos.