Uma jovem de 22 anos foi morta no último domingo (27) dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. A morte ocorreu durante uma visita íntima ao companheiro, que se encontrava preso no local. A Polícia Civil revelou que a morte da moça teve como causa um traumatismo craniano.

Nicolly Guimarães Sapucci, sofreu graves ferimentos e também, segundo revelou a delegada responsável pelo caso, Renata Yumi, da Delegacia da Mulher da cidade, caiu da beliche onde estava tendo o encontro íntimo com o namorado, o detento Michael Denis de Freitas, de 25 anos.

O casal estava junto desde 2017 e Michael está preso desde 2018 por roubo.

A jovem de 22 anos foi socorrida e levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo após. O corpo de Nicolly foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) da cidade e seguirá, segundo informações do G1, para Bragança Paulista, cidade onde se encontra a família da vítima.

Agressor é autuado em flagrante

Segundo a polícia, o casal não tinha registro antecedente de brigas. Michael acabou sendo autuado em flagrante por homicídio. Sua prisão foi convertida em prisão preventiva, mesmo respondendo por um crime anterior.

Assim que foi autuado, Michael foi ouvido e em sua versão, uma briga por ciúmes por parte da jovem começou e acabou fugindo ao controle.

Entretanto a delegada contesta a versão e, segundo provas e oitivas preliminares, o situação é inversa. Quem teria ciúmes da mulher seria o detento e não o contrário. De todo modo, agentes penitenciários e o próprio diretor do Centro de Detenção Provisória de Jundiaí também foram ouvidos para explicar melhor sobre como funcionam as visitas íntimas no local.

A delegada que investiga o caso também aguardará o laudo definitivo da criminalística e do IML para concluir o inquérito.

Na página que ela mantinha em rede social, Nicolly relatou que ele era muito ciumento e havia brigas, mas que no final "tudo acaba em muito amor".

Outros detentos pediram socorro

Ainda segundo informações do G1, assim que a moça caiu do beliche, outros detentos acionaram os carcereiros sob alegação de acidente na cela onde acontecia o contato íntimo de Michael e a namorada.

O homem confessou que a agrediu e foi ele quem a empurrou da cama. Ainda em prisão convertida como preventiva, o detento também foi para o isolamento, em cela que é chamada de "disciplinar". A delegada deve pedir que ele vá para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que é um regime mais rígido.