Um feminicídio cometido dentro de uma unidade prisional de São Paulo chamou a atenção dos internautas. Não bastasse a crueldade do crime, fotos do corpo da jovem Nicolly Guimarães Sapucci, de 22 anos, acabaram caindo na internet. A Mulher foi morta durante visita íntima ao companheiro no CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. As fotos circularam em aplicativos e redes sociais e a Polícia agora investiga quem foi o autor dos registros e quem compartilhou as fotos.
Segundo a polícia, as imagens da jovem circularam mas redes depois de morta.
Para a delegada do caso, Renata Ono, ainda existem pessoas que acreditam que podem se esconder atrás de telas de computador (e celular) cometendo crimes de forma impune.
Delegada foi acionada pela família de Nicolly
Após a morte de Nicolly, a família fez um registro na delegacia da mulher, que investiga o feminicídio, e a delegada atendeu de pronto o pedido de investigação. A delegada garantiu que as imagens podem ser rastreadas e os responsáveis serão identificados. A jovem teria sido espancada pelo companheiro Michael Denis Freitas de 25 anos, que confessou o crime. O homem está preso por roubo e recebia no último domingo (27) a visita íntima da companheira.
A morte da jovem, porém, só foi identificada pelos agentes ao final da visita, na contagem de visitantes.
A ausência de Nicolly então foi percebida e o crime foi descoberto. Ela foi encontrada desmaiada com vários ferimento no corpo e no rosto. Mesmo socorrida, ela não resistiu aos ferimentos.
O companheiro da jovem confessou o crime e deu sua versão para os fatos. Segundo ele, a mulher era muito ciumenta e a discussão começou por conta disto.
Ele então espancou a mulher e ela caiu da beliche no chão. Ela teve traumatismo craniano. Michael foi autuado em flagrante delito e levado para uma cela de segurança máxima e ficará no RDD (regime disciplinar diferenciado) no Presídio de Presidente Venceslau.
O suspeito estava preso desde 2018 por roubo e Nicolly cadastrada desde março do mesmo ano para fazer as visitas.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a jovem costuma frequentar o local sempre. Ela tinha um filho de quatro anos de outro relacionamento.
Nas redes sociais, Nicolly não escondia ser "mulher de presidiário" e chegou a fazer um "pedido" nas redes para que o juiz soltasse seu marido.