Dois jovens invadiram nesta quarta-feira (13), por volta das 9h30 (horário de Brasília), a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Armados e encapuzados, os dois abriram fogo, matando oito pessoas, sendo seis estudantes e dois funcionário da escola. Em seguida ao ataque, os dois atiradores cometeram suicídio. As informações foram passadas pela Polícia Militar.

As primeiras informações dadas pelas autoridades que estão no local à imprensa dão conta que ao menos 17 pessoas sofreram ferimentos e estão sendo levadas a hospitais da região.

No entanto, a Polícia Militar não confirma os números. Dez adolescentes foram encaminhados ao Hospital Santa Maria, que fica apenas a 300 metros da escola. Outros feridos foram levados para a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, também em Suzano, contudo, não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.

O socorro às vítimas

A Polícia Militar, por meio da capitão Cibele, da área de comunicação, informou aos jornalistas que minutos antes do atentado a polícia foi notificada de uma ocorrência envolvendo arma de fogo, próximo ao local, mas não se pode ligar um caso ao outro.

O Corpo de Bombeiros e equipes do Samu foram acionados e se dirigiram ao local. O Corpo de Bombeiros da cidade vizinha de Mogi das Cruzes também está no local.

O helicóptero Águia, da Polícia Militar paulista, sobrevoa a região, que está tomada por todo o efetivo da polícia da cidade.

Dados do Censo Escolar divulgado no ano de 2017 dão conta que a Escola Estadual Raul Brasil possui 358 alunos do ensino fundamental, com turmas do 6º ao 9º ano, e 693 alunos do ensino médio. A escola atende estudantes que variam em sua grande maioria de 11 a 17 anos.

Ao todo, a escola conta com mais de 1.000 alunos e 105 funcionários.

O governador do Estado, João Doria (PSDB), e o secretário de Educação, Rossieli Soares, o secretário de Segurança, João Camilo Pires, e o coronel Salles se dirigiram até a cidade de Suzano para acompanharem o caso. O governador publicou uma mensagem em sua conta oficial no Twitter.

Membros de uma igreja ouviram os disparos

Membros da igreja Messiânica Mundial, localizada em frente à escola, ouviram os disparos durante o intervalo dos alunos. Um funcionário da igreja, Marcos Filho, disse ao portal UOL que ao ouvir os primeiros tiros se dirigiu à entrada do templo e pôde perceber o que estava acontecendo. Ele afirmou que viu diversos alunos correndo em meio ao desespero, muitos estavam gritando e chorando.

A igreja está sendo utilizado como abrigo aos que chegam em busca de informações, que ainda são muito desencontradas e à medida em que os pais vão chegando ao local, o desespero aumenta. Ainda não se sabe qual a razão do ataque, a Polícia Militar deverá dar novas informações nas próximas horas.