Após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, quem assumiu o cargo de ministro da Educação foi Abraham Weintraub, que até a nomeação era tido como o número 2 da Casa Civil, ocupando o cargo de secretário-executivo.
Abraham esteve entre os integrantes da equipe de transição do governo Bolsonaro, juntamente com seu irmão, Arthur. Quem os indicou para o atual presidente Jair Bolsonaro foi Onyx Lorenzoni.
A demissão de Vélez já era esperada para esta segunda-feira (8), uma vez que Bolsonaro fez algumas declarações em que dizia que este seria o dia do “fico ou não fico”.
Vélez ocupou o cargo por pouco mais de três meses e sua gestão foi marcada por polêmicas e recuos. Houve cerca de 14 substituições em cargos importantes na referida pasta, além de publicações de editais que tiveram que ser anuladas por conterem incongruências.
Gestão como fator essencial para a indicação
A indicação do novo ministro indica que Bolsonaro optou no primeiro momento por um nome que está muito ligado à questão de gestão. O presidente destacou que Abraham é doutor e professor universitário, além de possuir uma ampla experiência em gestão.
Bolsonaro destacou que faltava gestão por parte de Ricardo Vélez, que não estava conseguindo implementar as politicas necessárias para a execução do plano de educação.
Ele ressaltou que a experiência de Abraham em gestão será um diferencial para o cargo.
Alguns nomes estavam sendo cogitados. Militares fizeram algumas indicações e Olavo de Carvalho também sugeriu alguns nomes. Até mesmo nomes de políticos chegaram a ser cogitados com a intenção de facilitar a votação referente à reforma da Previdência.
Contudo, a decisão de Bolsonaro surpreendeu, pois não era um nome esperado. Até mesmo pelo fato de Abraham não ter uma carreira na área de educação e possuir mais experiência na área financeira.
Bolsonaro destacou que o fato do novo ministro não ter uma carreira na área de educação não será um empecilho para ele, pois o que faltou para o ministério foi exatamente a falta de experiência em gestão.
Abraham possui vasta experiência nesse quesito.
A jornalista e comentarista Julia Duailibi destacou na GloboNews que o fato de Weintraub não ter uma carreira na área não significa que terá uma gestão ruim. Tem-se o exemplo de Palocci, por exemplo, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda e teve sua gestão apontada pelo mercado financeiro como sendo uma boa gestão.
Foi ressaltado ainda que o fato de ter experiência na área não é suficiente para ter uma boa gestão, pois a própria gestão de Ricardo Vélez deixou isso evidente. Ele era professor e possuía vasta experiência na área da educação, porém não conseguiu administrar os problemas e prioridades para que o ministério funcionasse de forma harmônica.