Nesta segunda-feira (1º), a rede Cinemark disse que foi um erro operacional ter exibido o documentário “1964, o Brasil Entre Armas e Livros" em suas salas. A exibição ocorreu no último domingo (31), quando completaram 55 anos do golpe militar.

Após a divulgação da nota nas redes sociais, muitos internautas atacaram a Cinemark, pedindo o boicote dos filmes que estão em exibição nas salas da rede.

Afirma a Cinemark ser uma empresa que não se evolve em questões de cunho politico-partidárias e não permite que suas salas sejam usadas para esses eventos políticos.

A empresa de cinema alega que ouve um erro operacional em não ver previamente o conteúdo do documentário e permitiu, erradamente, a exibição do documentário em suas salas de cinema.

Segundo a reportagem do G1, o Cinemark explicou que aluga as suas salas para diversos eventos. Essas sessões do documentário eram exibições fechadas somente para convidados. Na mesma reportagem mostra que os defensores do período não gostaram do posicionamento da empresa, que subiram um hastag #BoicoteCinemark entre os assuntos mais comentados do Brasil.

No mês de março, o parlamentar federal Eduardo Bolsonaro (PSL) –que é filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL)– defendeu o filme. Segundo ele, o documentário iria dizer “verdades” nunca antes ditas e que não foram ensinadas muito menos pelos professores de história.

De onde veio o documentário?

No trailler, que foi divulgado em fevereiro, não diz quem é o diretor do documentário, só mostra que é uma obra produzida originalmente pela Brasil Paralelo. A produtora foi criada em 2014 e se mostra como uma empresa que é 100% privada que faz conteúdos produzidos graças às assinaturas.

No site da produtora está que o longa é uma promessa em resgatar a “verdade” do período mais deturpado da história do Brasil.

Mesmo o documentário já tendo sido exibido em sete cidades simultaneamente, ele terá uma estreia nesta terça-feira (2).

Entre os entrevistados exibidos no documentário estão o escritor Olavo de Carvalho, o jornalista Willian Waack e o parlamentar e herdeiro da família real Luiz Philippe de Orléans e Bragança.

Segundo o site O Antagonista, a rede de salas de cinema Cinemark ainda continua sendo alvo de muita fúria nas redes sociais – principalmente, no Twitter– desde quando se manifestaram contra o longa.